//Pão de Ló de Rio Maior

Pão de Ló de Rio Maior

A sua criadora, Alice Sequeira, optou por usar uma temperatura do forno e um tempo de cozedura diferentes do habitual

O Pão-de-Ló de Rio Maior tem como característica principal o facto de ser baixo e húmido no interior, porque a sua criadora, Alice Sequeira, optou por usar uma temperatura do forno e um tempo de cozedura diferentes do habitual. Esta senhora iniciou a produção deste bolo ainda nos anos 60, de uma forma artesanal durante mais de quarenta anos, para responder a encomendas particulares que lhe eram feitas. As muitas solicitações levaram-na a criar, para a entrega, uma embalagem em cartão com a identificação do bolo, o que foi mais uma forma de o distinguir dos seus congéneres de outras regiões do País. Mais tarde, revelou a receita a familiares, que deram continuidade ao fabrico, já em moldes empresariais, tornando o Pão-de-Ló de Rio Maior uma referência na doçaria desta região ribatejana.

Ingredientes

4 ovos inteiros; 8 gemas; 150 g de açúcar; 75 g de farinha.

Preparação

Pré-aquece-se o forno a 220-230º C. Colocam-se os 4 ovos inteiros numa taça e batem-se energica¬mente durante 5 a 10 minutos, até ficarem com uma coloração esbranquiçada e bem fofos. Para melhores resultados, deve usar-se uma batedeira eléctrica. Acrescentam-se, pouco a pouco, as gemas previa¬mente desfeitas, batendo sempre durante mais uns 5 a 10 minutos. Envolve-se a farinha que vai sendo peneirada sobre a massa, polvilhando sem bater, usando a batedeira na velocidade mínima e apenas durante alguns segundos. Forra-se uma forma que se possa abrir (o bolo no final não se pode virar), forrada com papel vegetal untado de manteiga e fari¬nha. Verte-se a massa para a forma e deixa-se cozer durante 7 minutos. Ao fim de 4 minutos, roda-se a forma 180º. Não se deve deixar o bolo tempo a mais no forno, para não secar. Retira-se a forma do forno e deixa-se arrefecer. Quando o Pão-de-Ló já estiver bem frio, retira-se da forma com o papel vegetal. Separa-se o bolo do papel passando uma espátula metálica e comprida por baixo deste.
Deve ser comido após algumas horas, pois o bolo vai abatendo, formando as rugas, e a espuma de ovos vai dando origem a uma calda deliciosa.

Acompanhe-o com espumante da Região Tejo, para reforçar o contraste com o sabor do bolo.

Texto e fotos: Livro ‘Os Sabores de nossa Terra’: APRODER – Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo.
(Empratamento ‘moderno’ – Escola Profissional de Vale do Tejo)