A Dieta Mediterrânica é, na atualidade, um dos mais relevantes contributos para a preservação ambiental e prevenção das alterações climáticas, modelo de agricultura sustentável e de alimentação saudável.

A 8ª edição da Feira da Dieta Mediterrânica, que volta a animar o centro histórico da cidade entre 8 a 11 de setembro, conta com o apoio institucional da Comissão Nacional da Unesco, estando a iniciativa inserida no Plano de Salvaguarda aprovado pela instituição, que resulta da inserção da Dieta Mediterrânica na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade.

Segundo a autarquia de Tavira, a Dieta Mediterrânica “é património vivo de todo o país em sintonia com as Convenções da UNESCO e com crescente relevância a nível nacional e internacional. É investigada e estudada pelas diversas ciências, sendo um legado das civilizações que originaram a nossa identidade cultural, língua e formas de viver, produzir e alimentar, essenciais à valorização e ao fortalecimento das economias regionais”.

 

 

O programa desta edição conta com feira institucional com a participação de vários países e instituições, regionais e nacionais, expositores de artesanato e produtos tradicionais, mostras botânicas, música dos países do mediterrâneo, espaços de restauração, provas e petiscos.

Através do novo conceito da ‘Praça da Convivialidade’, que nesta edição apresenta a gastronomia marroquina, italiana, portuguesa e espanhola, será possível viajar pelos sabores mediterrânicos num único espaço geográfico.

O programa dedicado ao público infantojuvenil integra espetáculos educativos, jogos tradicionais, oficinas de construção de brinquedos e de artes populares.

Tal como noutras edições, a prevenção do acidente cardiovascular e o aconselhamento de saúde nutricional, as atividades físicas e muitas ofertas culturais de matriz mediterrânica também fazem parte da agenda.

 

Fonte: CM Tavira

 

A Dieta Mediterrânica

 

O conceito de Dieta Mediterrânica surgiu nos anos 60 e 70 do passado século XX, através do estudo dos hábitos alimentares das populações da Grécia e do Sul da Itália, de que foi responsável o médico e investigador americano, Ancel Keys.

A equipa liderada por este investigar concluiu, após percorrer os países do Mediterrâneo, que os “pobres e malnutridos povos do sul da Europa” como os consideravam, eram afinal mais saudáveis do que habitantes das chamadas sociedades ‘mais desenvolvidas’. E foram eles próprios quem definiu a razão: “Uma dieta à base de alimentos sazonais e ricos em fibras, como pão, frutas e legumes, reduzidas quantidades de carnes vermelhas, e o azeite como principal gordura”.