Há produtores espanhóis enviar os seus vinhos para a Grã-Bretanha com o objetivo de aumentar os seus stocks no país.
Com receio do impacto após a saída do Reino Unido da União Europeia, produtores de vinho espanhóis estão a tentar a exportar o máximo de produtos possíveis até março.
Ao jornal ‘El País’ o director geral da ‘Bodegas Riojanas’, uma produtora da região vitivinícola de Rioja, disse que foram completadas “as vendas do primeiro semestre de 2019 com 90% dos nossos clientes”. O objetivo é “permitir que consigamos enfrentar o primeiro colapso que estamos à espera que exista na alfândega do Reino Unido”, acrescentou Santiago Frias.
Esta movimentação é incentivada pela Federação Espanhola de Vinhos, que tem aconselhado os seus membros a tentar minimizar o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia num cenário sem acordo.
Trata-se, sobretudo, de conseguir proteção relativamente aos movimentos flutuantes que a libra pode vir a sofrer, fazer planos antecipados para o transporte dos seus produtos e garantir que os vinhos são corretamente rotulados e de acordo com as leis em vigor.
La Rioja, a maior região exportadora de vinho da Europa para o Reino Unido, só nos primeiros nove meses de 2018, produziu para o mercado britânico 32 milhões de litros, o que corresponde a um terço do total das suas exportações, segundo dados do Observatório do Mercado de Vinhos da Espanha (OEMV).
O Grupo Rioja, uma associação que agrupa a maioria das vinhas da região revelou ao ‘El País’ que as exportações para o Reino Unido caíram 16% nos primeiros 11 meses de 2018, uma descida mais acentuada do que a queda de 10% nos envios para todos os mercados.