No passado dia 31 julho o Município de Vidigueira, que lidera o Processo de candidatura da Produção Tradicional de Vinho de Talha a Património Cultural Imaterial da Humanidade assinou o protocolo de cooperação institucional e técnica que envolve 20 municípios alentejanos determinados em ver reconhecida a importância história cultural e patrimonial da técnica de produção de vinho de talha quer no plano nacional quer no plano internacional.
A autarquia alentejana reforça a importância desta candidatura lembrando que “a salvaguarda de um bem cultural tão presente no território alentejano tem uma preponderância determinante para compreendermos a origem das nossas raízes e da nossa identidade cultural e associa municípios e organizações que evidenciaram vontade expressa em defender, valorizar e promover uma das heranças culturais que nos une e distingue.”
O protocolo de colaboração da candidatura da Produção Tradicional de Vinho de Talha a Património Cultural Imaterial da Humanidade, celebrado nos Paços do Concelho de Vidigueira no último dia de julho contou com os municípios de Aljustrel; Almodôvar; Alvito; Arronches; de Beja; Borba; Campo Maior; Cuba; Elvas; Estremoz; Évora; Ferreira do Alentejo; Marvão; Mora; Moura; Mourão; Reguengos de Monsaraz; Serpa; Viana do Alentejo e Vidigueira.
Refira-se a presença de Roberto Grilo, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo CCDRA e de Filipe Palma, Vogal Executivo da Comissão Diretiva da Autoridade de Gestão do Alentejo 2020.
Igualmente a apoiar esta iniciativa com a sua presença estiveram representantes do CEARTE – Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património; Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo (CVRA); Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR); Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAP Alentejo); Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA); Turismo do Alentejo, E.R.T. e VITIFRADES – Associação de Desenvolvimento Local.
Como refere a CVR do Alentejo: “Em Portugal, o Alentejo tem sido o grande guardião dos vinhos de talha, tendo sabido preservar até aos dias de hoje este processo de vinificação desenvolvido pelos romanos. Ao longo dos tempos, a técnica de fazer vinho em talhas foi sendo passada de geração em geração, de forma quase imutável. Ainda assim, não existe apenas uma maneira de fazer vinho em talhas, variando ligeiramente consoante a tradição local.”