Recuperação de vinhas é um dos fatores que contribuirão para passar de 250 mil litros para um milhão.
O produtor e ex-presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVR/Açores), Paulo Machado, disse à agência Lusa que estima um crescimento da produção de vinho nos Açores que poderá levar a ultrapassar “um milhão de litros de vinhos certificados” num prazo de cinco anos.
Este crescimento, acrescentou, deverá resultar de vinhas que foram recuperadas nos últimos anos e que agora começam a dar frutos, em particular na ilha do Pico. Quanto a novas vinhas, Paulo Machado não acredita que venham a surgir, no caso específico do Pico, porque a população ativa “já não assegura as necessidades”.
O surgimento de novas vinhas levaria à ‘importação’ de mão de obra, ou à instalação de empresas exteriores à região. No entanto, o produtor revelou considerar mais importante o aparecimento de empresas do exterior para comprar uva e produzir vinho, com capacidade de exportação do que o crescimento em termos de área plantada.
O vinho branco é o mais procurado pelo mercado externo e também pelo turismo local, justificando-se assim que 90% da área recuperada seja de castas brancas tradicionais dos Açores.
A região conta atualmente com 37 vinhos certificados, 14 produtores e três regiões demarcadas: Biscoitos, na ilha Terceira, Graciosa e Pico.
Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico são as três castas açorianas que há mais de uma década estão a ser alvo de estudos e análises, com o objetivo não só de preservação e melhoria, mas também de aumentar a produtividade dos vitivinicultores.
You must be logged in to post a comment.