//Vamos à fava!

Vamos à fava!

Curiosidades e uma receita tradicional com empratamento moderno e harmonização vínica.

Este é o início do tempo ‘delas’ (as favas) que podem agora consumir-se frescas e por isso, trazemos aqui duas propostas de confeção. Favas com entrecosto, uma receita de Favas à Palmeloa que ganhou o nome que se dá às mulheres naturais de Palmela.

Mas antes, saiba um pouco mais sobre as favas
Têm um elevado teor em proteína de origem vegetal e são ricas em amido, um hidrato de carbono que transmite ao organismo níveis de energia estáveis por um período de tempo considerável. É também uma das leguminosas mais ricas em fibra, apresentando 5,8g deste nutriente por 100g de fava, sendo apenas ultrapassada pelo feijão branco.
Embora na culinária tradicional portuguesa sejam mais usadas ´guisadas’, as favas são também utilizadas em sopas, molhos, cozidos, cremes, purés e, até, saladas.

Saiba, como curiosidade, que os romanos usavam as favas para, nos banquetes das Saturnais, elegerem o Rei da Festa, também designado Rei da Fava. Este costume terá tido origem num jogo de crianças muito frequente durante aquelas celebrações e que consistia em escolher entre si um rei, tirando-o à sorte com as favas.

E agora a nossa sugestão

Favas à Palmeloa

São aqui apresentadas com uma foto que resulta do empratamento feito pela Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, após confeção de acordo com a receita tradicional. Publicada no livro ‘Os Sabores da Nossa Terra’ pela ADREPES – Associação de Desenvolvimento da Península de Setúbal.

Ingredientes
1,5 kg de favas descascadas; 1 cebola média; 125 g de toucinho entremeado; 1/2 chouriço de carne; 1/2 chouriço mouro; 1 ramo de hortelã e de coentros; sal q.b.

Preparação
Com a cebola, coze-se o toucinho entremeado, os chouriços de carne e mouro. Pode também incluir-se chispe e orelha, que devem ser salgados de véspera. Depois de estar tudo cozido, retira-se e, no caldo, cozem-se as favas com hortelã e coentros. Logo que estejam cozidas, servem-se numa travessa com as carnes40.

Harmonização sugerida pela CVRPS – Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal
Aqui, não se pode escapar à recomendação de um tinto. Um tinto DO Palmela fará as delícias deste casamento. Quer-se um vinho encorpado, de aroma intenso e de taninos marcantes, um vinho em que o estágio em barrica esteja equilibrado com a fruta e a personalidade do vinho, adicionando riqueza a esta harmonização.