As conclusões são de uma análise laboratorial da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP).
Terminaram as férias e dentro de algum tempo já começam a apetecer (e a acontecer) umas refeições mais ‘pesadas’. Sim, talvez mais ‘peasadas’ mas, ao contrário do que se pensa, algumas não são tão calóricas como as ‘pintam’ como se conclui pelo resultado de um estudo realizado em 2016.
Não, não está desatualizado pois quer o saboroso e tradicional prato de tripas, quer a comida de fas-food tida como exemplo, continuam a ter mais ou menos os mesmos valores. Se é apreciador da boa comida tradicional, delicie-se com o que vai ler de seguida.
Na análise laboratorial efetuada na Universidade do Porto concluiu-se que 100 gramas de tripas à moda do Porto têm menos quilocalorias do que um menu de fast-food com dose média de batatas fritas.
Com a referida quantidade do prato vulgarmente conhecido no país como «dobrada com feijão», confecionada com enchidos magros, registam-se234 quilocalorias. Isto quer dizer que se ingerirmos cerca de 300 gramas daquelas tripas à moda do Porto, vamos acabar a refeição com uma porção de cerca de 700 quilocalorias, o que é um resultado “muito animador”, disse à Lusa o diretor FCNAUP.
As conclusões da análise laboratorial da FCNAUP são ainda “mais entusiasmantes” se tivermos em conta que as quilocalorias do prato de tripas estudado com orelheira, mão de vaca, salpicão magro, cenoura, cominhos, feijão e pimenta, com 300 gramas são ainda mais baixas, do que uma refeição de hambúrguer e uma dose de batatas fritas média, que aponta para 850 quilocalorias, adiantou Pedro Moreira.
“Na gastronomia nacional existem autênticos tratados de combinações alimentares saudáveis, especialmente quando estas propostas são consideradas no conjunto da refeição, em que há que contar com a sopa e a sobremesa, para além do prato principal”, acrescentou Pedro Moreira, alertando que se deve fritar o menos possível os alimentos, porque “fritar muito poderá aumentar o risco de ganho de peso e de hipertensão” e pode também “agravar o envelhecimento”.
NOTA – Publicado em maio de 2016, a propósito da conferência «Redescobrir a Alimentação Tradicional Portuguesa» no âmbito do Dia Nacional da Gastronomia.
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