//Sopa de lagostim (de água doce)

Sopa de lagostim (de água doce)

O lagostim de água doce é uma espécie exótica proveniente do sul dos Estados Unidos, introduzida em Portugal através de Espanha, e que rapidamente se espalhou pelas diferentes bacias hidrográficas da Península Ibérica. A sua proliferação causa enormes prejuízos nas culturas devido à sua actividade escavadora, provocando alterações na hidrologia e nos solos, incluindo a perda de água nos arrozais e em reservatórios. Para tentar lutar contra essa autêntica praga que invade as águas do rio e da albufeira de Castelo do Bode, a vila de Ferreira do Zêzere lançou há alguns anos uma iniciativa que se tem vindo a repetir por alturas da Primavera, subordinada ao mote “Se não podemos vencê-los, vamos comê-los!”. Durante o Festival Gastronómico do Lagostim de Rio, que conta com a adesão de restaurantes da região e a afluência de apreciadores, são propostos diversos pratos inovadores à base do lagostim, confeccionado nas mais diferentes formas, entre as quais a Sopa de Lagostins do Rio.

Ingredientes

Lagostins; batatas, azeite, alho, cebola, tomate, ce¬noura, coentros e sal.

Preparação

Cozem-se os lagostins à parte em água e sal. Depois de frios, descascam-se e reservam-se num prato. Faz-se um refogado com azeite, dentes de alho, bastante cebola, muito tomate, cenoura picadinha e um molho de coentros. Quando já está a refogar, acrescenta-se-lhe uma ou duas batatas aos quartos e um pouco do caldo onde se cozeram os lagostins. Deixa-se cozer bem para apurar e rectificam-se os temperos. No fim, juntam-se os lombos dos lagostins previamente descascados.

Harmonização

Como se trata de uma sopa com marisco, opte, para a acompanhar, por um vinho branco seco, frutado, jovem ou levemente maduro da Região Tejo. Evite os vinhos brancos com presença de madeira.

O texto e a receita aqui apresentados estão publicadas no Livro «Os Sabores da Nossa Terra» pela Adirn – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte.

A foto que acompanha este texto resulta do empratamento feito pela Escola Profissional de Hotelaria de Fátima após confeção de acordo com a receita tradicional.