A Cidermace resulta do aproveitamento das matérias-primas descartadas e destinadas ao lixo pelas indústrias de sumos concentrados.
Desenvolvida por um grupo de estudantes do Departamento de Química (DQ) da Universidade de Aveiro (UA), a primeira sidra eco-inovadora até já tem uma empresa interessada em colocá-la no mercado.
O processo produtivo simplifica os vários passos da receita tradicional e a característica que o diferencia de todos os outros existentes no mercado, “é o bagaço de maçã, um subproduto da indústria de concentrado de sumo de maçã que nos foi fornecido pela Indumape”, desvenda um elemento da equipa de estudantes.
O jovem acrescenta que a este ingrediente se acrescenta “a utilização do concentrado de sumo de maçã, fornecido pela mesma empresa, e leveduras cedidas pela Microcervejeira Vadia” que já demonstrou interesse em adaptar à sua produção a sidra desenvolvida.
Com a utilização de ingredientes destinados ao lixo, a cidra da UA junta o útil ao agradável. De facto, aponta a equipa, o bagaço de maçã é um subproduto da indústria de sumos concentrados, cuja eliminação traz muitas implicações ambientais e económicas para as indústrias”.
No entanto, os estudantes verificaram que existia potencialidade criativa no bagaço de maçã, nomeadamente na “valorização dos compostos de aroma e açúcares que fazem parte da sua composição química” e que, no final, “definem a bebida produzida não só em termos ecológicos, como também sensoriais”. Os estudantes conseguiram assim dar utilidade a este subproduto, tornando-o numa matéria-prima para a produção de sidra.
Fotos: UA