Lenda do galo de Barcelos «inspira» evento gastronómico que decorre de 9 a 18 de março nos restaurantes aderentes.
Integrado no programa ‘7 Prazeres da Gastronomia’ a semana gastronómica tem o galo como referência principal mas inclui ainda as tradicionais papas de sarrabulho e os rojões à moda de Barcelos na oferta disponibilizada pelos 39 os restaurantes aderentes.
Em nota de imprensa a Câmara Municipal de Barcelos, enquanto entidade promotora, refere que esta ‘Semana Gastronómica do Galo’ para além da promoção dos sabores com tradição, “pretende também promover experiências do mundo rural ligadas ao vinho e ao turismo no espaço rural, associando a gastronomia, a cultura e as tradições”.
Integrada na programação a ‘Rota do Vinho e da Vinha’, no dia 10 de março, propõe a visita à Quinta de Paços e Caves Campelo, em Rio Côvo Santa Eulália e Moure, respetivamente. Nos fins de semana de 11 e 18 de março há animação folclórica, às 15h00, na Avenida da Liberdade.
No dia 15 de março, decorre o III Concurso de Cocktails de Barcelos, às 14h00, na Avenida da Liberdade, organizada pela Escola Profissional Profitecla.
De destacar, ainda, os workshops gastronómicos a realizar no dia 17 de março. Às 10h00 tem lugar o workshop dedicado às papas de sarrabulho à moda de Barcelos, nos restaurantes aderentes, e às 14h00 o workshop de doçaria tradicional barcelense, no Posto de Turismo. As inscrições são grátis e limitadas até 15 de março para turismo@cm-barcelos.pt.
A Semana Gastronómica do Galo integra-se na estratégia do Município de promoção da gastronomia e vinhos, que tem vindo a ser consolidada através dos “7 Prazeres da Gastronomia”.
A Lenda do galo de Barcelos
Os habitantes do burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, com o facto de não se ter descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém acreditou nele e foi condenado à forca.
Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Levado à residência do magistrado que, nesse momento, se banqueteava com alguns amigos, o galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa, exclamando: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem”.
Apesar dos risos de chacota, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. O que parecia impossível tornou-se, porém, realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado, o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações de inocência do condenado.
O juiz correu à forca e viu, com espanto, o pobre homem de corda ao pescoço. Todavia, o nó lasso impedia o estrangulamento. Imediatamente solto foi mandado em paz.