Município prepara candidatura à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, na área da Gastronomia.
De acordo com Gil Ferreira, vereador com o Pelouro do Turismo, esta candidatura constitui uma “aposta da autarquia no turismo gastronómico e que irá ser reforçada nas opções estratégicas para o quadriénio 2021-2025, continuando a afirmar Santa Maria da Feira como um destino cultural por excelência, adicionando a Gastronomia como expressão e referência de uma identidade milenar”.
A reforçar esta afirmação, Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal, afirma: “Pretendemos fazer uma grande aposta na gastronomia enquanto elemento central e estruturante na promoção do destino Santa Maria da Feira, contribuindo para a criação de postos de trabalho…/…e na potenciação da cadeia de valor económica e criativa”.
Promover a gastronomia regional enquanto elemento central da estratégia de desenvolvimento sustentável e de afirmação cultural e da identidade histórica do concelho; dinamizar a cadeia produtiva local, colaborando na distribuição dos produtos locais e endógenos e inseri-los nos estabelecimentos de restauração e na sua comercialização ao consumidor final; estabelecer, no reconvertido Mercado Municipal de Santa Maria da Feira, um Observatório e Hub Gastronómico, unindo produtores, artistas, fornecedores e estabelecimentos de restauração locais, num conceito ‘do campo para a mesa’ estão nos principais objetivos desta candidatura, a concretizar num horizonte temporal entre 2021-2025.
A Gastronomia desempenha um papel relevante na atratividade de Santa Maria da Feira, sendo uma das componentes essenciais e mais valorizadas da sua oferta turística, destacando-se não só a doçaria, com a Fogaça da Feira – consagrada com a Denominação Geográfica Protegida pela União Europeia, e as suas inúmeras recriações gastronómicas, os Caladinhos ou os Doces de Coimbra; mas também uma gastronomia diversificada e de grande qualidade, com recurso a produtos identitários, nos restaurantes do concelho.
Refira-se ainda a ‘Chamoa’, que começou por ser servida como vinho, com uma amora dentro, preferencialmente às mulheres, no final das refeições. Hoje encontra-se disponível como licor e vinho. A fama desta bebida propagou-se de tal forma que o seu consumo passou a fazer parte do quotidiano das gentes de Santa Maria da Feira, sendo ainda presença obrigatória nas receções oficiais e no acolhimento a turistas e visitantes.
A Rede de Cidades Criativas da UNESCO…
… foi criada em 2004 para promover a cooperação com e entre cidades que identificaram a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento urbano sustentável. As 246 cidades que atualmente compõem esta rede trabalham juntas em direção a um objetivo comum: colocar a criatividade e as indústrias culturais no centro dos seus planos de desenvolvimento no nível local e cooperar ativamente no nível internacional nas áreas da gastronomia, artesanato e artes folclóricas, media arts, cinema, design, literatura e música.
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