Iniciativa juntou enófilos, produtores, comunicação social e curiosos sobre a importância da vinha e do vinho no território dos Vinhos de Lisboa.
O evento, organizado pela Câmara Municipal de Torres Vedras e a Comissão Vitivinícola da Região (CVR) de Lisboa, decorreu nos dias 7 e 8 de junho nas antigas instalações do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) de Torres Vedras.
“Torres Vedras tem vindo a fazer o seu percurso enquanto território vinhateiro” afirmou Carlos Bernardes, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, durante o momento de abertura do evento, salientando que “somos dos principais produtores de vinho a nível nacional”. Carlos Bernardes recordou a importância do setor agroalimentar no Concelho, destacando que no ano passado “foram produzidos quase 50 milhões de litros de vinho.”
Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, falou numa “revolução silenciosa” que se encontra a decorrer na região, com “montes e vales cheios de vinhas novas e bem cuidadas.” A reestruturação de mais de 50% das vinhas da região de Lisboa, ao longo dos últimos dez anos, está, por isso, “na base do sucesso recente desta região. E isso é notável.”
Coube a Vasco d’Avillez, enófilo e presidente da CVR de Lisboa até 2017, promover uma reflexão sobre o futuro da região demarcada dos Vinhos de Lisboa. Para isso, conduziu os participantes numa “viagem” pela história recente da vitivinicultura no país: da crise vinhateira nacional, entre 1901 e 1905, passando pela importância da Junta Nacional do Vinho, até à sua transformação no atual Instituto da Vinha e do Vinho, em 1986.
O primeiro dia do evento contou, ainda, com uma experiência vínica e gastronómica levada a cabo por Vítor Adão e Madalena Sena-Esteves. Das sensações que o vinho provoca foi a experiência que aliou os aromas de 13 referências dos Vinhos de Lisboa a dez “sabores” da região.
Foto: C.M. Torres Vedras