No Algarve, um protocolo permite que os reclusos plantem produtos hortícolas que são entregues ao Banco Alimentar
São 2.670 metros quadrados de terrenos cedidos pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve) na continuidade de um projeto que nasceu de uma parceria entre a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome e os Estabelecimentos Prisionais e de Reinserção Social.
“O protocolo com a DRAP Algarve surgiu do facto dos estabelecimentos prisionais de Silves, Olhão e Faro não terem terrenos agrícolas e a ideia foi aproveitar alguns dos terrenos sem uso da DRAP Algarve”, disse ao POSTAL Nuno Alves, presidente do Banco Alimentar do Algarve.
Com o objetivo de contribuir para a integração social dos vários reclusos que integram o projeto, o presidente do Banco Alimentar do Algarve revelou que “a maior parte dos reclusos que temos ajudado conseguem trabalho quando saem dos estabelecimentos prisionais”.
O Estabelecimento Prisional de Olhão é o principal «fornecedor» de mão-de-obra e em alguns casos, também com o Estabelecimento Prisional de Faro que assim colocam em prática o objetivo de “ permitir que estes reclusos ganhem rotinas de trabalho para que depois, quando saírem em liberdade condicional, se sintam integrados na sociedade”, referiu um responsável pelo projeto.
Os ‘reclusos/agricultores’ beneficiam do apoio técnico prestado pela DRAP Algarve nas culturas feitas em modo de produção biológica registando-se, ao longo do primeiro ano e meio de “Horta Solidária” 12 toneladas de alimentos que permitiram melhorar a alimentação das 18 mil pessoas que apoiamos”, refere Nuno Alves do Banco Alimentar.
Fonte: postal.pt