//Reaproveitar os restos alimentares

Reaproveitar os restos alimentares

Tecnologia inovadora desenvolvida pela Universidade do Minho vai permitir o reaproveitamento de excedentes alimentares.

Criar produtos alimentares mais ricos em vitaminas e minerais, a partir do reaproveitamento de excedentes alimentares é o objetivo da pesquisa desenvolvida pelo Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho (UMinho)

O CEB explicou, em comunicado enviado à agência Lusa, que o processo em desenvolvimento consegue níveis de eficiência ecológica acima dos 95% e permite criar “produtos alimentares pouco processados, mantendo muitas das suas características originais”.

O objetivo, adianta o texto, é “aproveitar desperdícios do setor alimentar para criar comida saudável”.

Tomando como exemplo os resíduos de castanha, tomate e batata, ou mesmo o soro de leite e o bagaço de uva, que são considerados desperdícios, o CEB  pretende que passem a ser transformados em produtos de valor acrescentado, ganhando uma nova vida enquanto alimentos saudáveis e de elevada qualidade.

São destacadas duas grandes vantagens ao nível ecológico: “Por um lado, utiliza tecnologias inovadoras, amigas do ambiente, que podem ser implementadas à escala industrial e mais eficientes. Por outro lado, destaca-se pelo facto de dar uma nova vida e utilização a uma considerável quantidade de desperdícios que habitualmente resultam da indústria alimentar”, enumera.

“Até ao momento, já foi possível desenvolver vários tipos de géis de proteína recorrendo ao soro de leite, aos quais serão acrescentadas vitaminas e minerais, transformando-os não só em novos alimentos, mas também em produtos de valor acrescentado que contribuem para uma alimentação saudável”, explica o documento divulgado.

Uma das possíveis utilizações deste tipo de soluções será “como alimento energético para desportistas de alto rendimento ou no desenvolvimento de revestimentos para proteção de produtos alimentares, como o caso dos queijos e ou charcutaria”, lê-se.

Além de criar alimentos saudáveis e de qualidade, aponta o CEB, “outra grande vantagem deste projeto reside no facto de reduzir a pegada ambiental, através de um melhor aproveitamento dos recursos, contribuindo também para tornar a economia mais sustentável”.