Os refeitórios das escolas de Arco de Valdevez vão servir carne Cachena nas suas ementas.
A iniciativa garante que a carne Cachena é servida duas vezes por mês nos refeitórios escolares de Arco de Valdevez, permitindo às crianças e jovens ter acesso a carne de elevada qualidade, ao mesmo tempo que se promove a economia circular e os produtos da região.
Os acordos entre a Câmara Municipal, a Cooperativa Agrícola de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, o Agrupamento de Escolas, a Associação de Pais de Arcos de Valdevez e a UNISELF foram assinados recentemente, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, que elogiou a iniciativa e reconheceu a sua importância.
O governante sublinhou que este exemplo deve ser seguido por outras regiões, por forma a contribuir eficazmente para o desenvolvimento e preservação da autenticidade dos territórios rurais.
Levar as ‘Carnes da Montanha’ às cantinas escolares é um dos desafios deste projeto que junta 7 raças autóctones: Barrosã, Cachena, Jarmelista, Marinhoa, Maronesa, Minhota e Mirandesa.
Como adianta, Idalino Leão, administrador das Carnes da Montanha e atual presidente da Confagri, o repto tem sido lançado a outras autarquias, numa fase em que estas estão a assumir a curto prazo a responsabilidade pela gestão das cantinas escolares.
“Temos vindo a desenvolver alguns contactos nesse sentido. Aqui estamos a falar de vontade política, de fazer diferente, criando riqueza na comunidade envolvente através do fornecimento de produtos de qualidade. Quem é o Pai, ou Mãe, ou responsável escolar que não quer o melhor para as suas crianças?”, disse o administrador.
“É importante que este tipo de produto chegue a todo consumidor. O facto de chegar aos jovens é fundamental e pedagógico quanto aos seus comportamentos de consumo futuros, funcionando também como sentimento de pertença ao território”, defende Idalino Leão, que acredita que esta é, também, uma forma de divulgação junto das famílias e de dar a conhecer as Carnes da Montanha a novos consumidores.
As Carnes da Montanha são criadas em regimes de produção sustentáveis e eficientes, onde os animais circulam e se alimentam livremente nos pastos, sem stress produtivo e onde o bem-estar animal é garantido.
Para além de contribuir para uma alimentação saudável e de qualidade nas cantinas, esta medida traz um conjunto de outras vantagens. “Acreditamos que desta forma estamos a reduzir a pegada de carbono fomentando a economia circular, algo que vai ao encontro das mais recentes premissas da União Europeia”, acrescenta Idalino Leão.
De facto, ao comprar local, para além das claras valias ambientais, reduzindo-se, por exemplo, as distâncias de transporte, está-se também a contribuir para o desenvolvimento de muitos territórios rurais, muitos dos quais de baixa densidade.
“É um desafio constante, mas acreditamos que os territórios para serem dinâmicos precisam de ser vivos, precisam de gente e de atividade económica para fixar pessoas. A sustentabilidade ambiental que hoje todos falam, mas que poucos conhecem, só existe se houver sustentabilidade económica e social, e atividade pecuária contribui de forma positiva para este objetivo”, sublinha Idalino Leão.
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