//Que se f*da no Brasil

Que se f*da no Brasil

Vinho com marca ‘provocadora’ que fez sucesso em Portugal vai ser comercializado no Brasil.

Bem, na verdade não é o vinho que ‘viaja’ para o outro lado do Atlântico mas apenas a ideia e o nome, ou a marca. No Brasil serão lançadas, para já, três mil garrafas de vinho produzido no Rio Grande do Sul, a partir da colheita 2015 de uvas das castas merlot, petit verdot e syrah, com o preço de 150 reais (25€).

Os ‘importadores’ do ‘Que se f*da’ português são os empreendedores Pedro Neder e Marcos Gabriel que já se declararam convictos de conseguirem um sucesso idêntico ao que se verificou em Portugal já que “a ideia é trabalhar com edições limitadas e fazer um espumante para o final do ano com a mesma pegada”. O ‘Que se f*da’ brasileiro está ser comercializados desde o início de julho num e-commerce próprio da marca.


Em Portugal
No início deste ano de 2021 o mundo dos vinhos em Portugal foi agitado não pelo aparecimento de um vinho ‘extraordinário’, mas pelo aparecimento de uma marca/rótulo que uns consideraram “ordinário”, outros “uma palermice” e talvez a grande maioria, uma excelente iniciativa de marketing. Outros houve que saudaram a ‘novidade’.
Talvez para ‘amenizar’ a reação dos mais púdicos, o rótulo acrescenta, em letras miudinhas ““Não se assuste com o nome, Que se foda é um vinho do caralho”.
O objetivo foi ‘exteriorizar’ o sentimento geral em relação ao ano que transformou as nossas vidas exclamando um “que se foda 2020”, vamos mas é beber um copo. O artista plástico português Francisco Eduardo, autor da iniciativa, juntou-se à Adega da Azueira, da região dos vinhos de Lisboa, para desenvolver este projeto cuja ideia “veio deste ano que todos estamos a passar. As pessoas estão descontentes com não puderem sair de casa, de não fazer o que faziam. Senti a necessidade de o exteriorizar”, explicou à NiT.

E para quem logo sentenciou que o barulho à volta do nome escondia (talvez) uma menor qualidade, a resposta está no facto indesmentível de este monocasta Syrah de 2017, com o nome original Capricho do Rei, ter conquistado uma medalha de ouro recentemente em Bruxelas, no The Monde Selection Wine Contest.

A verdade é que “o vinho do palavrão” se tornou viral, vendeu duas mil garrafas em dois dias, a 15 euros cada, vai continuar com novas edições em Portugal e chega agora ao Brasil, embora apenas com a marca.
Entretanto foi lançado o ‘Que se foda o tinto’ “é o único branco que diz tinto”, limitada a mil unidades e que esgotou em três dias. E restaram apenas uma garrafa de tinto e outra de branco, assinadas à mão, que custam (ou já custaram) 999 euros cada uma.