Com impressora 3D e culturas de células cosmonauta russo conseguiu tecido bovino e de coelho.
Cada vez mais a ficção se aproxima da realidade, como se comprova com a produção de pequenas quantidades de tecido bovino e de coelho conseguida pelo cosmonauta russo Oleg Skripotchka.
De acordo com a agência Lusa, o cosmonauta conseguiu recentemente estes resultados na Estação Espacial Internacional com a ajuda de uma impressora 3D e culturas de células, numa experiência realizada em setembro e agora divulgada, de que resultou a obtenção de pequenas quantidades de tecido bovino e de coelho.
O responsável da empresa israelita Aleph Farms, que forneceu as células animais para a experiência, divulgou que a tecnologia agora usada poderá ser melhorada tornando possível as viagens espaciais de longa duração, nomeadamente ao planeta Marte.
Didier Toubia revelou que “o nosso objetivo é, para já, vender a carne na Terra”. De acordo com a agência noticiosa francesa AFP, Toubia acrescentou que a ideia é de proporcionar “uma melhor alternativa às explorações industriais.
Esta experiência feita pela primeira vez no espaço, que contou com a colaboração de russos, americanos e israelitas, “permitiu demonstrar que é possível produzir carne fora do ambiente natural e no momento em que se sente necessidade”, disse Didier Toubia,
Recorde-se que há seis anos, o cientista holandês Mark Post apresentou ao mundo o primeiro hambúrguer produzido em laboratório a partir de células estaminais de vacas. Várias empresas lançaram-se então na produção da carne “artificial ou cultivada”, mas os seus custos continuam muito elevados e nenhum produto deste tipo está à venda.
Há, no entanto, estimativas do sector que apontam para que a comercialização de carne in vitro, a preços razoáveis, num determinado segmento de supermercados dentro de cinco a 20 anos.
