Este acréscimo vem compensar o decréscimo registado, sobretudo no ano passado.
A revelação foi feita pelo presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) que declarou que a « Beira Interior deverá registar, relativamente ao ano anterior, “um acréscimo à volta de 35%, mais ou menos, porque no ano passado tivemos uma quebra bastante acentuada, principalmente devido à incidência de míldio e, também, numa determinada altura, do escaldão”.
Rodolfo Queiróz lembrou que “Houve alguns prejuízos de geada numa fase muito inicial, que não foram muito significativos e, portanto, trata-se de uma reposição já que este acréscimo de 35% não é mais do que o decréscimo que tivemos, sobretudo no ano passado”, explicou, à Lusa.
No que se refere às previsões de qualidade, estas também apontam para um ano “bastante bom”, admitindo que a chuva que caiu há cerca de quinze dias contribuiu para “a reposição dos teores de humidade nos solos, para que as uvas tivessem uma maturidade mais correta”.
As estimativas da CVRBI apontam para uma colheita de “cerca de 21 milhões de litros” [a que correspondem cerca de 28 milhões de quilos de uvas] de vinho de Denominação de Origem Controlada (DOC) Beira Interior, Indicação Geográfica (IG) Terras da Beira e vinhos de mesa.
A CVRBI tem sede na Guarda, no Solar do Vinho, e abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, onde possui mais de 60 associados, sendo quatro adegas cooperativas.
Na área abrangida pela CVRBI existem cerca de 16 mil hectares de vinhas e uma grande variedade de castas, destacando-se as brancas Síria, Arinto e Fonte Cal e as tintas Tinta Roriz, Rufete, Touriga Nacional, Trincadeira e Jaen.
Segundo o presidente daquela entidade, na região estão “meia dúzia de produtores a fazer vinho biológico”, o que considera “mais um passo” para a afirmação da CVRBI no mercado nacional e internacional.
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