Previsões do IVV apontam para crescimentos, na próxima vindima, em quase todas as regiões vitivinícolas, com o Douro e Terras do Dão a liderar o aumento.
Com o previsto crescimento de 10% a produção de vinho em Portugal deverá chegar aos 6,6 milhões de hectolitros. O acréscimo de produção deverá ter como exceção as Terras da Beira e Terras de Cister”, enquanto para Alentejo e Açores não está prevista qualquer variação face à campanha anterior.
Na previsão de colheitas avançada em comunicado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) destaca-se ainda que nas regiões do Douro e Porto e Terras do Dão são esperados crescimentos de produção na ordem dos 20%.
Na análise por regiões, no Minho, os vinhos Verdes esperam um aumento de produção de 15%, em resultado das condições climáticas favoráveis no período da floração.
Também em Trás-os-Montes é estimado um acréscimo da produção na ordem dos 15%.
Já na Região Demarcada do Douro, onde são produzidos os vinhos do Douro e do Porto, o aumento da produção esperado é de 20%. Isto, apesar, da queda, pontual, nas zonas altas de geadas no final de abril e de granizo.
Na Beira Atlântico, que inclui a denominação de origem Bairrada, a produção deverá crescer em torno dos 17%, embora “a escassez de água já evidente em algumas parcelas possa trazer algumas limitações”, enquanto nas Terras do Dão as previsões são de um acréscimo na ordem dos 20%.
Pelo contrário, nas Terras da Beira a produção deverá ser 20% inferior à do ano passado, devido, sobretudo, “à geada tardia no início de maio e ao escaldão as uvas”. Geadas e granizos, no final do mês de abril, são a explicação para os 5% de diminuição da produção esperada nas Terras de Cister.
Nas regiões do Tejo e de Lisboa o crescimento esperado é de 10%, sendo que ambas antecipam um “bom ano”.
Na Península de Setúbal o aumento não vai além dos 5% e, no Alentejo, a perspetiva é de manutenção da quantidade e de um adiantamento da data de vindima.
No Algarve, espera-se que a campanha resulte num aumento de 10% da produção que, tudo indica, será de “elevada qualidade”.
Nas ilhas, a Madeira antecipa um aumento de 12%, enquanto nos Açores a previsão global é de uma produção semelhante à campanha passada.