//Pêra Manca (falsificado) a 400 euros

Pêra Manca (falsificado) a 400 euros

A ASAE identificou uma pessoa e instaurou um processo-crime por fraude.

A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) através da sua Unidade Nacional de Informações e Investigação Criminal (UNIIC), realizou, em Braga, uma ação de fiscalização num estabelecimento de restauração e bebidas, no âmbito do combate à contrafação.

Como resultado da ação foi instaurado um processo-crime por fraude sobre mercadorias e venda de artigos contrafeitos, tendo sido apreendidas duas garrafas de vinho, ostentando a marca Pêra Manca.

Recorde-se que em 2016, a ASAE apreendeu 1700 garrafas de ‘Pêra-Manca 2010’ falsificadas. O facto de já antes se ter verificado muitas situações de falsificação levou a Fundação Eugénio de Almeida a criar, em 2015, um sistema de segurança para assegurar a autenticidade do vinho.

O Pêra Manca

Criada em 1963, a Fundação Eugénio de Almeida lançou o Pêra-Manca, em 1990.

O nome deste vinho está associado a uma lenda que envolve os frades do Convento do Espinheiro, em Évora, que é hoje um hotel. Os religiosos terão sido, nos séculos XV e XVI, donos de vinhas situadas num local com muitas pedras de granito soltas que, dizia-se, ‘mancavam’ ou seja, movimentavam-se por estarem soltas. O nome atribuído a este vinho terá vindo dessas ‘pedras mancas’.

Este vinho é considerado por muitos uma espécie de Barca Velha do Alentejo. Muito conhecido e apreciado em Portugal o Pêra Manca é um caso de sucesso no Brasil, que pode comparar-se ao do Barca Velha e Periquita neste país.

Por norma, não é ultrapassada a produção de 30 mil garrafas por ano e um pouco mais de um terço vai para o mercado brasileiro. Grande parte do vinho que fica em Portugal, é comprado por angolanos e brasileiros