Nos finais do século XIX, em Torres Vedras vivia uma senhora de nome Joaquina Rodrigues, que confecionava uns deliciosos Pastéis de Feijão,
A referida senhora ofereceu a receita a uma sua parente, Maria Adelaide Rodrigues da Silva. O marido desta, Álvaro de Fontes Simões, vendo o sucesso que os pastéis faziam junto de familiares e amigos, decidiu explorar comercialmente estes doces. Assim nasceu a marca ‘Maria Adelaide Rodrigues da Silva’, cujo êxito se estendeu muito para além da região de Torres Vedras e levou muitas pastelarias da vila a também fabricarem e venderem este doce à base de feijão e amêndoa. Nos anos 40, um filho de Álvaro Simões, Virgílio Simões, montou uma fábrica especificamente destinada ao fabrico dos pastéis.
Há quem atribua origem conventual a estes pastéis mas esta possibilidade está longe de merecer consenso.
Ingredientes
Para a massa: 250 g farinha; 2 colheres de sopa de manteiga ou margarina; 1,5 dl de água; sal q.b. Para o recheio: 500 g de açúcar; 100 g de feijão branco cozido; 25 g de miolo de amêndoa; 6 ovos; 6 gemas de ovos; farinha; açúcar.
Preparação
Deita-se a farinha numa tigela, junta-se a manteiga derretida, uma pitada de sal e água. Trabalha-se bem até formar uma bola. Tapa-se a massa um pano seco, pondo-se sobre este um outro molhado e bem espre¬mido. Deixa-se descansar a massa um pouco. Pelam-se as amêndoas e ralam-se. Passa-se o feijão pelo passador. Juntam-se as amêndoas ao puré de feijão e adicionam-se os ovos inteiros e as gemas passadas por um passador de rede. Leva-se o açúcar ao lume com um pouco de água e deixa-se ferver até atingir o ponto assoprado (150º C). Adiciona-se o xarope ao preparado de feijão, amêndoas e ovos e mistura-se bem. Enquanto o recheio arrefece, forram-se as for¬mas de queques com a massa preparada e estendida bem fina. Enchem-se as formas com o recheio e pol¬vilha-se com um pouco de farinha e açúcar em pó. Leva-se a cozer em forno quente, a 225º C durante cerca de 25 minutos56.
Harmonização (proposta da CVR Lisboa)
Estes pequenos bolos são deliciosos acompanha¬dos por uma chávena de chá. Se preferir sofisticar o paladar, harmonize-os com um tradicional vinho generoso da zona de Carcavelos, bebida apreciada há séculos.
Texto e fotos: Livro ‘ Os Sabores da Nossa Terra’: Leaderoeste – Associação para o Desenvolvimento e Promoção Rural do Oeste.
Confeção e empratamento moderno – Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste
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