//Oceanos podem fornecer 6 vezes mais alimentos

Oceanos podem fornecer 6 vezes mais alimentos

Maricultura, é destacada como a área com maior potencial de crescimento.

Relatório apresentado numa conferência da União Europeia, em Roma, demonstrou que os recursos dos oceanos podem fornecer 6 vezes mais alimentos se forem geridos de forma responsável. Este é o primeiro de uma série de 16 Blue Papers: “The Future of Food from the Sea”, criados pelo High Level Panel para a sustentabilidade da economia dos oceanos.

A principal conclusão deste relatório é que atividades como a pesca e aquicultura marinhas, geridas de forma sustentável, poderão fornecer 6 vezes mais alimentos do que os que são fornecidos atualmente e isso representa mais de 2/3 das necessidades proteicas necessárias no futuro a nível global. Para além disso, o recurso a estes produtos representa também uma pegada de carbono muito menor, comparativamente com outro tipo de alimentos. A aquicultura marinha sustentável, ou maricultura, é destacada como a área com maior potencial de crescimento.

São cada vez mais as evidências científicas que destacam a necessidade de produzir mais alimentos provenientes dos oceanos, como forma de enfrentar a crise climática e garantir no futuro a segurança alimentar, o que vai ao encontro das tendências dos consumidores. A segurança alimentar e a sustentabilidade são preocupações cada vez mais presentes nos consumidores. Cada vez mais, as pessoas querem saber onde são produzidos os alimentos e se o processo é realizado de uma forma sustentável.

Os estudos demonstram que apenas metade da população mundial se alimenta com as quantidades recomendadas de produtos provenientes do mar, e o seu consumo diminuiu em muitos mercados desenvolvidos. Esta tendência é preocupante e é necessário alertar as autoridades de saúde, do setor do retalho e produtores. Não apenas para a sua própria saúde, como para a saúde do planeta.

Os oceanos desempenham um papel importante na provisão mundial de alimentos e têm potencial para desempenhar um papel mais significativo com o aumento da produção de maricultura (aquicultura que ocorre nos oceanos) e, em menor grau, da produção tradicional da pesca de captura.

É possível expandir significativamente a maricultura de espécies que têm intervenção na nutrição, (como é o caso de peixes e crustáceos) de uma forma sustentável, mas será necessário a introdução de inovações alimentares, para que a produção não se limite à captura de peixes.

As projeções revelam que com a introdução de inovações e captura de alimentos alternativos através da maricultura, o oceano poderá fornecer 6 vezes mais alimentos do que hoje (364 milhões de toneladas de proteína animal), o que representa mais de 2/3 da proteína indicadas pelas estimativas da FAO como sendo as quantidades necessárias para alimentar a futura população mundial.

Os produtos provenientes do mar fornecem essencialmente vitaminas, minerais, ácidos gordos ómega 3 e outros nutrientes não encontrados em alimentos de origem vegetal ou outras proteínas.

A produção de animais no mar ainda não atingiu a dimensão dos animais terrestres, o que significa que o potencial de crescimento é enorme.

Líder mundial na produção sustentável de produtos do mar:

A Noruega é o segundo maior exportador mundial de produtos provenientes do mar, fornecendo 37 milhões de refeições diárias em 146 países. A gestão responsável dos preciosos recursos é o core business da indústria norueguesa de produtos oriundos do mar. O modelo norueguês de produção é frequentemente reconhecido como uma prática recomendada, e reconhecido em todo o mundo pela gestão sustentável da pesca selvagem e produção responsável da aquicultura. Ao escolher produtos do mar da Noruega, os consumidores podem ter certeza de que estarão a consumir produtos mais sustentáveis e da mais alta qualidade.

Sobre o NSC – Conselho Norueguês dos Produtos do Mar: Organização representante dos exportadores de peixe da Noruega e que tem por principal objetivo promover o consumo dos melhores produtos do Mar da Noruega. A combinação de inovações técnicas e da tradição pesqueira norueguesa, que pretende manter uma pesca sustentável, permite preservar as características únicas de espécies como o Bacalhau e Salmão, muito apreciadas em Portugal. O NSC colabora com as autoridades norueguesas no sentido de proteger as espécies marinhas da zona ártica, a origem do peixe que alimenta a Europa.