//O vinho do rei e o rei dos vinhos?
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O vinho do rei e o rei dos vinhos?

O vinho tinto desde sempre associado a um deus, o famoso Baco, Dionísio para os gregos, que representava a energia, a vitalidade da terra na concessão dos generosos frutos da natureza, é agora associado a um rei, D. João V, apelidado de O Magnânimo e está a dar que falar.

Trata-se do vinho da Adega Cooperativa de Azueira, O Magnânimo D. João V Reserva Vinho Tinto 2019, criado pela enóloga Lisete Lucas e que conseguiu 93 pontos, em 100 possíveis, numa lista do crítico Aníbal José Coutinho.

Algarvio de gema, Aníbal Coutinho foi dos primeiros especialistas a segmentar os vinhos nacionais, não por divisões administrativas, mas por terroirs. Toda a sua formação académica é do Instituto Superior de Enologia, onde colaborou em projetos de consultoria e investigação.

Jornalista especializado e autor de vários guias de vinho, faz consultoria em bebidas para importantes empresas da hotelaria e restauração e da distribuição moderna. Enólogo autor das marcas Escondido e Astronauta, é também membro de júri dos mais importantes concursos mundiais de vinho.

O crítico já habituou os consumidores a sugestões de grandes referências, para todos os gostos e preços, sendo que todos os anos lança o ‘Guia Popular de Vinhos’ e edita livros online com as melhores sugestões.

Na mais recente publicação do género, ‘Copo&Alma’, apresenta 309 propostas, entre elas, encontra-se este rótulo da região de Lisboa, a única sugestão da Adega Cooperativa de Azueira disponível nesta lista, cujas “Especiarias doces de baunilha com bagos e frutos vermelhos” recordam ao crítico o sabor de um “cheesecake.”

O Magnânimo D. João V Reserva Vinho Tinto, lançado a 1 de abril de 2019, no Palácio Nacional de Mafra, é inspirado no século XVIII e pretende honrar a sumptuosidade e requinte dos banquetes do rei. Sobre o seu lançamento no mercado, José João Moreira, presidente da Adega de Azueira, afirmava que “…é o reflexo desta missão que assumimos diariamente e o resultado de um caminho que temos vindo a percorrer ao longo dos últimos dois anos, no sentido de nos tornarmos cada vez mais competitivos, no mercado externo”.

Situada numa das regiões de Portugal com maior tradição vitivinícola, a Adega de Azueira com mais de 50 anos de existência, produz anualmente cerca de 11 milhões de litros de vinho, sendo 85% tinto e 15% branco. Atualmente, conta, aproximadamente, com 400 sócios ativos e a área de produção das suas uvas ronda os 1200 hectares de vinhas.

Vinho na Adega da Azoeira

Há mais de 25 anos, iniciou o seu processo de internacionalização no mercado africano, nomeadamente em Angola, abrindo assim a sua sucursal na capital, Luanda. Com o sucesso obtido, surgiu a oportunidade de expansão para outros mercados Internacionais, estando já presente em quatro continentes.

Nos últimos anos, tem vindo a apostar na diversificação de castas nacionais e internacionais de forma a valorizar e aumentar a produção de vinhos certificados na região de Lisboa. Atualmente desenvolve marcas a pensar em cada mercado onde se insere. O facto de ter uma gama de vinhos com design próprio confere a todos os clientes e parceiros a possibilidade de personalização dos mesmos, de acordo com as suas necessidades e exigências.

Para além de uma grande aceitação por parte do público, que no site da Adega se refere a este vinho como sendo “uma agradável surpresa”, ganhou destaque devido a um recente artigo da NIT que convidava os consumidores a ter O Magnânimo D. João V Reserva “sempre na garrafeira de casa para levar para convívios com amigos ou para abrir num final de tarde antes de começar a preparar o jantar.”

A sua cor violeta, expressa vitalidade, juventude, mas também elegância, ausência de restrições, impulsividade, ardor, saúde, mas também riqueza, características típicas de um rei, não é verdade?

Mas afinal, onde é que os amantes do néctar de baco podem encontrar este vinho digno de um rei?

Na loja online do SmartFarmer por exemplo, onde este vinho está a venda por 6,60€.

No SmartFarmer, o vinho é descrito da seguinte forma: “De cor violeta e de perfil frutado, D. João V é um reserva que contém aromas peculiares de ameixas pretas, frutos silvestres e notas de especiarias. Devido ao seu estágio em barrica, é um vinho elegante que apresenta uma boa estrutura e intensidade. Revela também um final de boca persistente e uma acidez bastante equilibrada.”

Monarca português, vigésimo quarto rei de Portugal, o reinado de D. João V durou de 1707 até à sua morte em 1750 sendo um dos mais longos da História portuguesa. Será que a fama deste vinho será igualmente longa?