As posições críticas de Bernardo Gouvêa, ao longo de vários, em relação à Viniportugal levaram associações do mundo do vinho a manifestar preocupação.

O novo presidente Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), que iniciou funções no passado dia 2 de dezembro, foi até agora presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa e a sua nomeação, logo que foi publicada em Diário da República, mereceu manifestações de preocupação por parte de alguns organismos do setor.

Em causa parece não estar os seus conhecimentos sobre o setor, já que possui um longo passado ligado aos vinhos, mas as posições críticas que o gestor tem tomado em relação à Viniportugal, organização interprofissional que gere a marca Wines of Portugal e neste âmbito promove anualmente mais de uma centena de ações de promoção dos vinhos portugueses no mundo.

Sabendo-se que a ViniPortugal vive dos apoios do IVV, que financia em 80% um orçamento  anual da ordem dos oito milhões de euros, existe o receio de que o novo presidente venha a interferir na estratégia de promoção do setor vinícola. A Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal (ACIBEV), a CAP – Agricultores de Portugal e a Fenadegas – Adegas Cooperativas de Portugal, terão enviado a Capoulas Santos, Ministro da Agricultura, uma carta a que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso, manifestando essas preocupações.

Em sentido contrário já se manifestou Manuel Pinheiro, presidente da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes e da ANDOVI – Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas, que veio a público garantir que se trata de um “bom profissional” e um “gestor experiente” que constitui uma “excelente escolha para suceder a um excelente presidente”, referindo-se a Frederico Falcão, cujo mandato terminou em junho.