Com produtos endógenos como o mel, o azeite e farinhas de castanha e amêndoa, o Pastel Brigantino pretende tornar-se um doce típico da cidade de Bragança e fazer parte da tradição local.
Apresentado no dia 14 de fevereiro, o Pastel Brigantino surgiu de um desafio lançado em 2018 pelo Município de Bragança aos pasteleiros e pastelarias da Cidade, com o intuito de criar um novo atrativo gastronómico e deste doce se tornar num bolo identitário desta cidade.
Com mel, azeite, farinhas de castanha e amêndoa, o Brigantino tem por meta tornar-se um doce típico da cidade. Neste projeto, participaram dez pasteleiros que apresentaram 13 bolos a concurso, avaliados numa prova cega, que contou com a presença, entre outros, do gastrónomo Virgílio Gomes e do chef António, do Instituto do Emprego e Formação Profissional.
O bolo selecionado foi o das pasteleiras da pastelaria D. Dinis, que partilharam e cederam a receita às restantes pastelarias participantes, onde o pastel brigantino estará à venda em Bragança. Após a seleção do mesmo, o Município de Bragança desenvolveu o processo de escolha e a votação para a denominação do doce, que deu origem ao nome ‘Pastel Brigantino’. A designação dada ao bolo foi registada, posteriormente, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial e, após estas fases, foram criados o design e a produção da imagem do Pastel Brigantino.
Das análises nutricionais efetuadas ao Pastel Brigantino, constatou-se que apresenta baixo teor de gorduras saturadas, uma vez que a gordura usada é o azeite. Já o seu valor nutricional é elevado, pois é preparado com farinha de castanha e com mel biológico do Parque Natural de Montesinho.
O bolo obedece às condições definidas pela autarquia, confeccionado com produtos locais, como o mel, a castanha e o azeite e, segundo garantem os responsáveis, “devido aos produtos utilizados e ao método de fabrico, a durabilidade do pastel Brigantino é superior à de um bolo convencional”.
Segundo Alda Reigadas, uma das criadoras do pastel, trata-se de um pastel de massa folhada e creme com castanha no topo que resultou de “várias experiências” que foram fazendo com os produtos que o município pedia. Fátima Dias, também esta criadora do pastel, explica que “o pastel tem como base o mel, farinhas de castanha e amêndoa e azeite, o que faz com que fique mais húmido e consistente e tenha mais durabilidade”.
O desafio foi lançado às pastelarias, em 2018, pela autarquia “no sentido de criar um produto que fosse representativo daquela que é a identidade de Bragança”, destacou o Presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, durante a cerimónia de apresentação.
A câmara assegura a promoção e marketing e vai adquirir 100 ‘Brigantinos’ para que as próprias pastelarias possam oferecer e dar a provar aos clientes. A autarquia espera que este doce venha a tornar-se “num bolo identitário de Bragança” e a fazer parte da tradição local logo que decorrido o tempo necessário.
imagem capa: https://www.cm-braganca.pt/