//Lagar histórico vai ser espaço de gastronomia

Lagar histórico vai ser espaço de gastronomia

Em Alfândega da Fé um edifício histórico vai ser espaço dedicado à gastronomia, num investimento de 600 mil euros.

A Câmara Municipal de Alfândega da Fé assinou, no passado dia 16 de janeiro, a escritura do edifício conhecido como Lagar D’el Rei, um imóvel situado no centro da vila e em visível estado de degradação, mas com interesse patrimonial devido à sua história e localização.

Como pode ler-se em nota publicada no site da autarquia, após intenção de aquisição por parte de vários executivos anteriores, chegou-se finalmente a um acordo com o proprietário para a aquisição do edifício, que será reconvertido num espaço dedicado à gastronomia e à promoção dos produtos locais.

O edifício, que foi administrado pelos Marqueses de Távora, tinha, durante o Antigo Regime, a função de recolher toda a azeitona produzida nos olivais do concelho que fossem direito do Rei. No seu interior ainda se conservam os antigos engenhos de produção de azeite que agora farão parte do espólio museológico da autarquia.

O Lagar D’el Rei vai ser requalificado e convertido num espaço museológico, que preservará a memória histórica do edifício, possuindo, ao mesmo tempo, uma vertente ligada à promoção gastronómica do concelho e dos produtos locais. A requalificação do edifício vai ser candidatada ao PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos) como um dos projetos âncora da Rota da Terra Quente, prevendo-se um investimento de mais de 600 mil euros.

De acordo com a agência Lusa este investimento faz parte da estratégia turística do concelho, que ambiciona tornar-se num “destino gastronómico” com o programa ‘Alfândega da Fé à Mesa.

A autarquia quer congregar os restaurantes do concelho neste projeto que aposta nos sabores locais, com ementas em que são obrigatórios pratos como “o cabrito, o borrego, as Sopas das Segadas, os enchidos e os azeites de Alfândega da Fé”.

Os menus terão opções vegetarianas e a colaboração do chefe de cozinha Marco Gomes, natural deste concelho transmontano, que acompanhará o projeto, em que estão também previstas ações de formação para os aderentes.