Nove jovens olivicultores de Trás-os-Montes juntaram-se e, com seis marcas distintas de azeite, criaram o projeto YEP – Young EVOO Producers.
A necessidade de criação de massa crítica para a competição no mercado interno e externo levou nove jovens olivicultores de Trás-os-Montes a juntaram-se e, com seis marcas distintas de azeite, criar o projeto YEP – Young EVOO Producers, que em português se pode traduzir por: Jovens Produtores de Azeites Virgem Extra (EVOO é a sigla em inglês para azeite virgem extra).
Os jovens produtores são Francisco Mendonça e Moura e Bernardo Eiró, pela marca 2 à Tua; Edgar Morais, pelo azeite Caixeiro; Francisco e António Pavão, pela Casa de Santo Amaro; Conceição e António Manso, pela marca Casa Valpereiro, Pilar Abreu Lima, pelo Magna Olea e Francisco Rocha Pires, pelo azeite Montalverne.
É fundamental realçar que estamos perante agricultores comprometidos com o conceito Farm-to-Table. Os jovens agricultores YEP não compram azeites em lagares para embalar com marca própria. Eles transformam as azeitonas dos seus diferentes olivais – com micro terroir específicos – e assumem que cada garrafa de azeite é um presente que sai da terra. Com muito esforço.
No projecto YEP, apresentado recentemente em Lisboa, há biólogos, arquitetos, professores universitários, advogados, gestores, dirigentes e associações agrícolas ou designers, mas todos estão genuinamente comprometidos com a agricultura.
Quando compramos um azeite YEP estamos não só a retirar prazer de um produto de grande qualidade (todos com o selo de Denominação de Origem Protegida Trás-os-Montes) e com grande valor nutricional, como também a contribuir para a defesa do mundo rural, do emprego, do ordenamento do território, do património e da coesão nacional.
Numa garrafa YEP há muito mais do que azeite. Há sabor, há história e respeito pela natureza. Hoje, o projeto YEP está apenas focado em Trás-os-Montes, mas é desejo dos seus responsáveis estender-se pelo país. O projeto YEP vai dar aos portugueses e ao mundo azeites genuínos, perfeitos, fiáveis e com identidade nacional.
Com a YEP reforça-se a ideia de que, se há uma região com carácter e identidade e que teima em desafiar as regras pouco amigáveis do mercado (lançando novas marcas que brilham nos concursos nacionais e internacionais), essa região é Trás-os-Montes, onde se juntam as condições climáticas perfeitas para a cultura do azeite. Variedades de azeitonas autóctones, clima, solos, orografia e muito conhecimento histórico. Estes são os trunfos dos azeites do nordeste transmontano.