Há menos de duas semanas a notícia era: “produção de vinho deverá diminuir cerca de 3% em Portugal”.
Na anterior edição do Jornal dos Sabores (02.08) o título da notícia foi: “Vamos ter menos 3% de produção vitivinícola” e o número de leitores que acederam a este texto específico não foi muito significativo quando comparado com outras da mesma edição. Uma das razões possíveis poderá ser o facto de se tratar de uma informação ’quase’ normal já que todos os anos se verificam pequenas oscilações nas previsões, que acabam até, na sua grande maioria, por ‘sair ao lado’.
Desta vez, apenas alguns dias depois, verifica-se que saiu muito ao lado. Como se pode ler na referida notícia “a previsão reflete um valor “muito próximo da média das últimas cinco campanhas”, como se lê no documento enviado pelo IVV, que refere ainda, como regiões de exceção, o Alentejo, Algarve e Açores, que deverão mesmo crescer devido ao “bom desenvolvimento vegetativo das videiras”
Evidentemente que nem o IVV nem qualquer outro organismo poderiam prever a realidade ‘chocante’ com que os produtores iriam ser confrontados neste momento e daí, serem então estas as previsões indicadas, por região, para 2018/2019.
Minho: -5% (919 mil hectolitros); Trás-os-Montes: -15% (73 mil hectolitros)
Douro: 0% (1.449 mil hectolitros); Beira Atlântico: -17% (216 mil hectolitros)
Terras do Dão: -25% (234 mil hectolitros); Terras da Beira: -30% (133 mil hectrolitros)
Terras de Cister: -10% (49 mil hectolitros); Tejo: -5% (616 mil hectolitros)
Lisboa: -5% (1.165 mil hectolitros); Península de Setúbal: -5% (499 mil hectolitros)
Alentejo: 15% (1.098 mil hectolitros); Algarve: 10% (17 mil hectolitros)
Madeira: -11% (38 mil hectolitros); Açores: 20% (6 mil hectolitros)
Aquecimento global: efeitos na produção e sabor do vinho
Na notícia publicada no Jornal dos Sabores, em 06.06, com o título acima podia ler-se: “As previsões indicam que, daqui a dez anos, os países nórdicos terão um clima excecional para o turismo e que, em Portugal, o clima já estará mais quente e mais seco, como o de Marrocos, por exemplo”, indicou Isabel Freitas.