‘Petisco’ está a aumentar de preço devido à escassez em algumas regiões do Camboja.
As tarântulas assadas são uma das mais apreciadas ‘especialidades’ gastronómicas pelos turistas que visitam o Camboja. Mas este tipo de aranha é cada vez mais escasso naquele país, devido ao desmatamento e ao grande consumo assadas ou cozidas.
As mais conhecidas e apreciadas são as ‘a-pings’ mas “cada vez são mais escassas” lamenta-se Shea Voeun, que vende tarântulas frescas ou cozidas há 20 anos no mercado de Skun, uma pequena cidade situada a 75 quilômetros da capital, Phnom Penh.
A tarântula costuma ser temperada com alho e sal e depois frita em óleo, e é vendida no mercado de Skun por quase um euro a unidade o que constitui dez vezes mais que há alguns anos.
O aumento do preço deve-se à crescente escassez do animal, segundo os vendedores, que asseguram que é cada vez mais difícil encontrá-lo nas florestas das províncias de Kampong Thom e Preah Vihear.
Por enquanto, os vendedores de Skun continuam a disponibilizar diariamente centenas de tarântulas frescas, amontoadas em sacos de juta, aos que desejam cozinhá-las ou usá-las em poções de medicina tradicional.
“A tarântula tem fama no mundo todo pelo seu sabor requintado e pelas suas qualidades medicinais”, assegura Shea Voeun. No mercado, pode-se comprar de tarântulas fervidas ou maceradas em álcool de arroz que, segundo a crença popular, são boas para combater a tosse e dores na coluna.
Tanto no Camboja como na Tailândia pode-se encontrar aranhas assadas, gafanhotos e escorpiões, alimentos tradicionais do sudeste asiático.