Tudo indica que a receita do Frango na Púcara é a recriação moderna de um prato da cozinha tradicional da região de Alcobaça.
Isto porque, inicialmente e até meados do século XX, a receita seria ‘Perdiz na Púcara’, que congregava muitos apreciadores. Quando as perdizes começaram a escassear, por volta dos anos 60, um célebre cozinheiro de Alcobaça, António de Sousa, conhecido pelo nome de Bonzíssimo, criou uma variante, o Frango na Púcara, cozinhando a ave doméstica com os ingredientes necessários para que o seu sabor se aproximasse da receita original. Muito saboroso e muito mais acessível, tornou-se, desta forma, um prato muito popular, não apenas em Alcobaça, mas também um pouco por todo o País, embora com pequenas alterações. De comum, o recipiente onde o frango é confecionado: uma pequena panela de barro, com duas asas, onde o cozinhado é servido.
A popularidade deste prato chegou às terras dos Templários, que introduziram algumas modificações de forma a conferir-lhe um carácter local.
Ingredientes
1 frango; 15 batatas; 100 g de toucinho entremeado; 100 g de manteiga; 150 g de cebolinhas; 50 g de cogumelos; 0,5 dl de vinho da Madeira.
Preparação
Depois de cortado, tempera-se o frango com sal, deixando-o a marinar em vinho da Madeira durante 24 horas. Depois, barra-se com manteiga e leva-se ao forno, a corar, dentro de uma púcara de barro, tapada. Corta-se o toucinho em dados, cora-se numa frigideira, juntamente com as cebolinhas, e assam-se as batatas. Cortam-se os cogumelos ao meio ou em lâminas grossas, salteiam-se em manteiga e refres¬cam-se com vinho. Deitam-se todos os componentes por cima do frango quando este estiver meio assado, acabando de assar tudo junto. Se o frango ficar en¬xuto em demasia, adiciona-se um pouco de molho do assado. Serve-se dentro da mesma púcara e tapada, tal como sai do forno4.
Harmonização sugerida pela CVR Tejo
O Frango na Púcara à Templários é um prato de sabores honestos a exigir um vinho tinto jovem sem estágio em madeira. Selecione um vinho tinto da Região Tejo com menor complexidade, pouco tanino¬so, frutado e com aromas a frutos vermelhos.
Texto e foto: ‘Os Sabores da Nossa Terra’ – ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte.
(Empratamento ‘moderno’ – Escola Profissional de Hotelaria de Fátima)
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