Ministro da Agricultura de França respondeu assim a Donald Trump.
O Presidente dos EUA, para além de ameaçar elevar as taxas alfandegárias em retaliação à decisão de Paris de tributar as grandes empresas tecnológicas, afirmou, no seu estilo habitual, que “o vinho norte-americano é melhor do que o francês”.
Ora, isto foi colocar ‘achas na fogueira’ para um país onde o vinho (e a gastronomia) para além de ser um dos seus mais amados produtos, é também uma das principais imagens de França no mundo. Esta ‘agressão’ levou Didier Guillaume a declarar numa entrevista a uma televisão francesa que o raciocínio é “completamente estúpido” e que esta já é a terceira vez que o presidente americano ameaça criar taxas sobre os produtos franceses.
De acordo com a BBC, o ministro francês da agricultura disse que se trata de “um absurdo, em termos de debate político e económico, dizer que, se nós taxarmos as empresas tecnológicas, ele taxará o vinho.”. O governante acrescentou ainda, em resposta a Trump, “o vinho americano não é melhor que o francês.”
Recorde-se que toda esta polémica se relaciona com a intenção manifestada pela França, de tributar as receitas das grandes empresas tecnológicas dos EUA, um imposto que recairá sobretudo na Google, Amazon, Facebook e Apple.
O Senado francês já aprovou um imposto de 3% a aplicar sobre as receitas de serviços digitais que ultrapassem uma faturação de 25 milhões de euros em França. Na União Europeia, outros países manifestaram intenções de criar os seus próprios impostos digitais, nomeadamente a Áustria, Espanha, Itália e até o Reino Unido.
Donald Trump criticou aquilo que chamou uma “tolice” de Macron e advertiu que o seu governo anunciaria “uma ação recíproca substancial” que, no caso de França, se traduziu numa verdadeira ‘guerra do vinho’.