Pesquisa mostrou que os componentes da uva podem reforçar a atividade do cérebro em pacientes em início de declínio cognitivo.
Depois de diversos estudos científicos que ligam o resveratrol, um polifenol encontrado na casca da uva, a um risco menor de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, agora foram pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA) que publicaram os resultados de um estudo piloto na revista Experimental Gerontology.
A pesquisa mostrou que os componentes da uva podem reforçar a atividade do cérebro em pacientes que estão a mostrar sintomas de declínio cognitivo. Os cientistas acreditam que essa pode ser a prova de que o consumo de vinho seja um método preventivo dessas doenças.
A equipa da UCLA conduziu o estudo com cinco homens e cinco mulheres, com idades entre 66 e 82 anos que tiveram uma leve queda na cognição por pelo menos seis meses. As pessoas que já tinham sido diagnosticadas com a doença de Alzheimer ou com outra causa de demência, ou que estavam a tomar medicação para isso, foram excluídas.
Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos. Metade tomou uma dose diária de um placebo e a outra metade tomou um pó liofilizado a partir de uvas tintas da Califórnia, o equivalente a três porções de uvas frescas ou a uma taça e meia de vinho.
Foram realizadas várias avaliações neuropsicológicas com os participantes no início do estudo e, novamente, após seis meses de terapia. Os testes mais importantes foram tomografias cerebrais, que medem o metabolismo em cada região do cérebro.
O Dr. Daniel Silverman, chefe da Seção de Imagem Neuronuclear da UCLA e principal autor do estudo explicou: “Estudámos regiões do cérebro em que sabíamos que a atividade cairia, se uma pessoa estivesse nos primeiros estágios de declínio da memória, devido a uma doença como a de Alzheimer.” Concluiram que essas partes do cérebro se tornaram menos ativas nos indivíduos do grupo placebo, enquanto os que consumiram o pó de uva não registaram nenhuma redução significativa no metabolismo cerebral.
A chave para este estudo é o foco nos estágios iniciais do declínio cognitivo. “Quanto mais cedo se intervir, menos danos haverá. Uma vez que haja danos, não há como revertê-los,” disse Silverman.
Fonte: Wine Spectator
Foto do interior: singularalzheimer.com