Na despensa, nunca pode faltar “boa vontade”.
Joaquim Nicolau é um ator bem conhecido do grande público que o recorda em participações como os Malucos do Riso e Rosa Fogo na SIC, Depois do Adeus na RTPou na série «O Sábio» também na RTP, entre muitas outras.
Joaquim Manuel da Anunciação Nicolau nasceu em Louriçal do Campo, Castelo Branco, em 1964 e cultiva o gosto beirão de estar à mesa com os amigos. Conta com inúmeras participações no cinema, nomeadamente no filme «Eclipse em Portugal» e mais recentemente no «Pátio das Cantigas», mas é nos palcos que se sente melhor, como ator, diretor de atores ou encenador.
Como prato preferido elege o pato, caramelizado com cerejas, acompanhado com puré de batata doce (sendo o puré feito com nabo, cebolas, alho, maçã e claro, as ditas cujas). Na bebida prefere o vinho tinto e, para este prato escolheria um «Cistus- grande reserva de 2003», das terras de Moncorvo.
Não consegue parar de comer frutos secos, o prato que lhe sai melhor na cozinha é: Lentilhas com entrecosto, em molho rico de tomate. Na despensa, nunca pode faltar “boa vontade”.
Que relação tem com a enogastromia
Bastante boa, proveitosa e compensadora. Tenho tentado manter-me atualizado e bastante atento às novidades gastronómicas e enófilas das nossas variadas regiões.
Creio que o meu bom gosto na degustação dos maravilhosos produtos da nossa terra tem sido amplamente compensado, a saúde não se tem manifestado contra, apenas a linha de perfil apresenta: uma “ligeira” curva, na sempre bem humorada e bem disposta barriguinha.
Qual a sua região preferida?
Gosto de todo o nosso querido Portugal, mas tenho uma predileção pela região minhota no que diz respeito à gastronomia. É uma região farta e bastante rica na confeção.
Quanto aos prazeres de”Baco”, gosto muito da região do Douro e dos vinhos da Península de Setúbal, no que diz respeito aos tintos e nos brancos, gosto muito dos vinhos da região da Vidigueira e de Bucelas. Mas não me furto a beber qualquer bom vinho português, pois Deus e a maravilhosa natureza, fizeram deste solo, a predileção e a casa do Deus Baco.
O que gosta num restaurante?
Acima de tudo, o asseio, depois, a simpatia e já agora, que saibam cumprir a função.
É que não deveria caber na cabeça de ninguém, dedicar-se a tão nobre tarefa, sem ter o mínimo de gosto e conhecimentos para o fazer. Poderá sobreviver, sim, mas não passará daí.
O que não gosta?
Detesto a mediocridade, o “ chico espertismo” tão difundido e aplicado no nosso País, detesto o mau serviço que, felizmente, com a ajuda e o mérito das escolas de hotelaria está a inverter a situação contribuindo bastante para subir o nível e a qualidade que este sector há muito necessitava. E detesto os maus cozinheiros!
Publicado no Jornal dos Sabores em 2017