“Come-se principescamente bem em todo o Portugal.”
Carlos Guilherme estreou-se em 1980, na ópera Macbeth, de Giuseppe Verdi, integrando a então companhia de ópera residente no Teatro Nacional de S. Carlos.
O público em geral conheceu-o através da interpretação de temas como ‘Quando o coração chora de amor’, ‘Guitarra toca baixinho’ ou ‘Olhos castanhos’, em discos como Histórias de amor, de 1991, Canções em Português, de 1993 e Encontro, em conjunto com Anabela,
em 2006.
Em 2015 foi homenageado no Fórum Municipal Luísa Todi em Setúbal, celebrando os 70 anos de vida e 35 anos enquanto cantor.
O prato de que mais gosta é Leitão à Bairrada e nas bebidas a preferência vai para vinho tinto, do Alentejo ou do Douro. Confessa ter dificuldade em parar de comer bacalhau à Braz e Mousse de Manga.
Na cozinha o que lhe sai melhor é jardineira e na despensa não pode faltar fruta.
Que relação tem com a enogastronomia ?
Viajando eu muito, dada a minha profissão de cantor, tenho pontos de paragem obrigatória por esse Portugal fora e calculo sempre as minhas viagens de modo a chegar a locais de interesse enogastronómico significativos para o meu gosto.
Qual a sua região preferida?
Come-se principescamente bem em todo o Portugal. A qualidade e variedade do que me tem sido proporcionado leva-me a afirmar que, de facto, tenho predilecções. No entanto, dada a minha área de residência, vou frequentemente ao Alentejo pelo que estou mais familiarizado com a comida alentejana do que com as outras.
O que gosta num restaurante?
Gosto de um ambiente sossegado, que permita concentrar-me no que estou a comer. Como tal, abomino os televisores e qualquer outro meio que me distraia daquilo que estou a degustar. Sou também receptivo aos conselhos de um bom empregado de mesa, especialmente quando se trata de sugerir um vinho que vá bem com a comida escolhida.
O que não gosta num restaurante?
O barulho e o tipo de funcionário que, não sendo solicitado para o fazer, começa a criticar uma determinada escolha de vinhos ou queira exagerar na familiaridade (que não deve ter) para com o cliente.
Publicado no Jornal dos Sabores em 2016