“Nunca peço uma receita porque se aprender a fazê-la, deixo de ter saudades desses locais e vontade de lá voltar quando me apetece um determinado prato”.
Carlos Alberto Moniz nasceu em 1948 na ilha Terceira. Músico, maestro e cantor, é também compositor de centenas de canções, nomeadamente infantis.
Arranjador e diretor musical em teatro, são da sua responsabilidade as bandas sonoras de várias produções para cinema e televisão.
Em 1990 e 1992, Carlos Alberto Moniz foi o orquestrador e diretor de orquestra das canções representantes de Portugal no Festival Eurovisão da Canção. No pequeno ecrã, já apresentou, entre outros programas, “A Casa do Tio Carlos”, na TVI, e a “Arca de Noé” na RTP1, canal onde desde 2008 apresentou (com Diamantina), ao final das manhãs de sábado, o programa “Portugal sem Fronteiras”.
Na música continua a fazer espetáculos e lançou recentemente um novo trabalho intitulado «O Vinho dos Poetas».
O prato de que mais gosta é Leitão assado e a bebida, bem a propósito, espumante bruto.
Na cozinha o que lhe sai melhor é almôndegas com molho de tomate e na despensa não pode faltar queijo, manteiga e pão.
Que relação tem com a gastronomia e os vinhos?
A relação que teria com o irmão que não tenho. Como uma irmã que me acompanha em todas as festas.
Qual a sua região preferida?
Não tenho uma região preferida porque de todas por onde passo guardo a paisagem, as falas, as gentes e… os sabores. E nunca peço uma receita porque, se aprender a fazê-la, deixo de ter saudades desses locais e vontade de lá voltar quando me apetece um determinado prato.
O que gosta num restaurante?
Limpeza, uma boa carta de vinhos e o sorriso de quem me atende, que torna a comida ainda melhor. Embora o empregado não tenha obrigação de aturar as piadas dos clientes, deve saber compreender a boa disposição destes. E não ignorar que, sobretudo quando o cliente está sozinho, sabe bem receber simpatia, carinho e afeto de quem nos serve, sem ser serviçal.
O que não gosta num restaurante?
Felizmente acontece cada vez menos, mas detesto ser servido por alguém que cheira a suor. E não gosto das atenções por obrigação, em que se percebe serem apenas de circunstância.