Faleceu a 14 de outubro de 2015 o mais popular cozinheiro da televisão portuguesa.
Foi sempre um obstinado defensor das nossas tradições gastronómicas, nomeadamente em colaboração com as confrarias gastronómicas e, na RTP e na Teleculinária, ganhou uma enorme popularidade tornando-se, sem dúvida, o mais popular cozinheiro daquela época em Portugal.
Há que recordar que Maria de Lourdes Modesto, recentemente falecida, começou antes o seu percurso, mas nunca foi cozinheira. Aliás, foi a grande ‘dama da gastronomia portuguesa’ que indicou o Chefe Silva para liderar o projeto Teleculinária.
Esta ‘revelação’ é contada na biografia publicada em 2008 que conta as fases da vida do Chefe, até aos 74 anos – viria a falecer 7 anos depois – com capítulos como ‘Os tempos de Caldelas’, desde o nascimento e onde as más condições de vida o levaram a ingressar no ‘Seminário de Santarém’ de onde fugiu para Lisboa. O serviço militar, o trabalho em Moçambique, o regresso ao Norte, a Televisão, a Rádio e a Teleculinária são outras fases importantes da vida de António da Silva.
Muitos dos ‘episódios’ contados resultam dos depoimentos de muitos amigos como por exemplo colaboradores da RTP como Sónia Araújo, José Carlos Malato, Júlio Isidro, Margarida Mercês de Melo, elementos da produção da RTP Porto e até, a senhora que na altura desempenhava funções de empregada de limpeza.
“Nascido a 29 de Março de 1934, foi batizado na Paróquia de Santiago de Caldelas e três dias depois da cerimónia batismal, registado na Conservatória do Registo Civil de Amares, com data de nascimento a 5 de Abril para que o pai não pagasse multa”. (excerto da Biografia)
Costuma dizer-se que as homenagens quase sempre se fazem depois de as pessoas desaparecerem fisicamente. Felizmente que não foi o caso do Chefe Silva pois para além do lançamento da referida Biografia em 2008, antes e depois dessa data foi alvo de muitas manifestações de apreço e carinho.
Registe-se particularmente a distinção por parte da sua terra que, ao contrário do que acontece demasiadas vezes, sempre o considerou um verdadeiro filho ilustre, atribuindo-lhe o nome de uma rua e, já após o falecimento, em 2016, a inauguração de um busto em bronze. (https://jornalsabores.com/chefe-silva-busto-homenagem-na-terra-natal/).
Se não teve oportunidade de acompanhar a publicação da Biografia e das receitas, encontrará aqui tudo o que foi publicado entre outubro de 2020 e março de 2021.
https://jornalsabores.com/category/gastronomia/chefe-silva/
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