Vinho e gastronomia são ‘grandes embaixadores’ da Beira Interior.
O Concurso de Gastronomia e Vinhos Beira Interior Gourmet 2021, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, distinguiu os melhores restaurantes da região numa cerimónia que decorreu no grande auditório do Teatro Municipal da Guarda. O evento contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa que destacou o vinho e a gastronomia como “grandes embaixadores” dos territórios da região da Beira Interior e o resultado do trabalho dos diferentes atores locais.
“Este trabalho de união, introduzindo conhecimento, tem sido absolutamente determinante quer na qualidade intrínseca dos vinhos, quer na qualidade dos produtos turísticos, o enoturismo, quer depois no valor que o consumidor também perceciona destes produtos e, depois, do seu consumo e do valor que o vinho da Beira Interior passa a ter quer na nossa mente, enquanto consumidores, quer no valor que depois efetivamente pagamos no mercado”, afirmou Ana Abrunhosa.
Na opinião de Ana Abrunhosa, o concurso permitiu valorizar os vinhos e a gastronomia da região, o que significa “coesão territorial”. “O vinho é um grande embaixador dos territórios, (…) porque quando nós bebemos um vinho vem-nos à memória um território. O vinho recorda-nos um território, as suas gentes, as suas tradições, mas também a inovação e o percurso que fez”, disse.
A ministra também sublinhou “o trabalho de grande liderança” feito pela CVRBI, em colaboração com as autarquias, as comunidades intermunicipais e os institutos politécnicos, em prol dos produtores de vinho da região.
O concurso de 2021 atribuiu os seguintes prémios: melhor restaurante (Alkymia – Covilhã), melhor harmonização vinho e comida (Soadro – Guarda), melhor sobremesa (Taverna da Matilde – Figueira de Castelo Rodrigo), melhor prato (Adega dos Apalaches – Oleiros), melhor entrada (Alquimia/H2otel – Covilhã), melhor serviço de vinhos (A Colmeia – Guarda), melhor carta de vinhos (Nobre e Vinhos e Tal – Guarda) e melhor espaço (Convento de Belmonte – Belmonte).
O júri também atribuiu dois prémios especiais, com o nome do ‘chef’ Valdir Lubave (falecido em 2021) aos ‘chefs’ Mário Rui Ramos e Júlio Fernandes. Atribuído este ano pela primeira vez, o galardão visa homenagear o Chef Valdir Lubave, desaparecido prematuramente em 2021, premiando profissionais que corporizam o seu legado cultural e culinário.
O Chef Mário Rui Ramos, que vive e desenvolve a sua atividade em Idanha, “tem sido um valioso parceiro do Município de Idanha-a-Nova e de instituições como a Escola Superior de Gestão, assim como um extraordinário embaixador desta região em Portugal e a nível internacional”, refere a autarquia.
“Este é um reconhecimento que partilho com Idanha. É em Idanha que consolidei o meu percurso profissional, assente em produtos locais de qualidade. Este prémio vem elevar aquilo que é de Idanha e da Beira Interior, um território cheio de potencialidades”, afirmou ao Diário Digital Castelo Branco, o chefe de cozinha Mário Rui Ramos. O chefe de cozinha mostrou-se ainda “muito comovido por este prémio homenagear o Chef Valdir Lubave, uma pessoa que deixou um grande legado na Beira Interior ao nível da gastronomia e da valorização dos recursos micológicos”.
Mário Rui Ramos decidiu vir para Idanha em 2003, numa altura em que já era um dos mais promissores em Portugal, com passagem por várias cozinhas de renome. A partir daqui tem vindo a construir uma carreira altamente prestigiada que soma reconhecimentos, prémios e distinções.
Júlio Fernandes, para além de um percurso empresarial de longos anos é atualmente empresário e Chefe no restaurante D’Bacalhau no Parque das Nações em Lisboa e muito tem contribuído para o setor através da qualidade da oferta ‘bacalhoeira’ e do serviço que apresenta, ganhando a admiração de muitos turistas internacionais que visitam este espaço.
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