As primeiras jornadas do Vinho Verdelho dos Biscoitos terão lugar de 22 a 25 de abril. Um dos grandes temas em debate será a importância da certificação deste vinho e o apoio aos produtores neste processo.
A Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos promove a realização das primeiras jornadas do vinho Verdelho dos Biscoitos elegendo o ambiente, agricultura e vitivinicultura, turismo e cultura, como os grandes temas em debate.
Atenta à pressão constante sobre uma zona da ilha onde a produção de vinho Verdelho, o urbanismo e o veraneio coexistem desde há muito, a Confraria do Vinho Verdelho acredita que chegou a hora de agir, sustentando que é urgente normalizar a certificação do Vinho Verdelho dos Biscoitos e criar um produto que possa também servir de promoção para o turismo.
Segundo o Grão-mestre da CVVB, “O Verdelho dos Biscoitos, durante algum tempo, quase desapareceu, tem havido um crescimento graças a políticas de apoio e interesse dos produtores, mas a Confraria resolveu casar vários interesses de várias entidades.”
Francisco Maduro-Dias releva a realidade que é o turismo de vinho, mas alerta que “para haver turismo de vinho tem de haver produção de vinho. E isto tem a ver com a agricultura, o ambiente”.
“A zona da paisagem protegida dos Biscoitos faz parte do parque da ilha Terceira, ainda para mais há uma zona costeira que faz parte do geoparque, há uma área de designação geográfica protegida para a produção de um verdelho que tem as características e tem castas já pré-determinadas e depois há toda a cultura que resulta disso”, sublinhou.
“Não é por acaso que temos curraletas, não é por acaso que as pessoas sabem que as curraletas são valiosas e há toda uma quantidade de elementos culturais associados”, lembra o Grão-mestre da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos.
Segundo o responsável, os temas escolhidos para estas primeiras jornadas contam na apresentação e debate, com especialistas, produtores e outras pessoas interessadas, de diversas áreas.
“Sabemos que há interessados no assunto, sabemos que há vinho a ser produzido cada vez mais com melhor qualidade e está na altura de fazermos o que nós confraria gostamos de fazer. Nós gostamos de vinho, gostamos que ele exista e para ele existir temos de proteger a paisagem e ajudar na produção”, reiterou.
A certificação será um dos temas a abordar nos três dias de trabalhos, repartidos pelos Biscoitos, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória. Francisco Maduro-Dias alerta para a importância de olhar para os rótulos: “as pessoas, quer consumidores, quer produtores, têm que se habituar a olhar para o rótulo. Uma coisa é vinho, outra coisa é ter vinho feito nos Açores, outra coisa é dar a volta à garrafa e ver que diz lá Biscoitos”.
Por fim, o Grão-mestre da confraria sustentou a necessidade de realização de uma campanha “não de exigência, nem contra os produtores. É apoiá-los, sensibilizá-los, e ajudá-los, inclusivamente no processo, para garantir que haja mais gente certificada, para que haja mais gente que leve o nome dos Açores, Terceiras, Biscoitos, mais longe”.
O propósito da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos Valorização reside na divulgação e promoção do vinho Verdelho, e todo o vinho de qualidade da Região Autónoma dos Açores.
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