//Celestes de Santa Clara

Celestes de Santa Clara

Estes pequenos bolos encontram a sua origem no Convento de Santa Clara de Santarém.

Durante anos, as monjas Clarissas mantiveram em segredo a sua receita, à base de miolo de amêndoa, ovos e açúcar pilé, com uma proteção de papel de obreia. Porém, há cerca de cem anos, Ajax Augusto da Silva Rato, proprietário de uma mercearia fina entretanto desaparecida, conseguiu adquirir a receita, e foi por seu intermédio que se iniciou a divulgação e a comercialização desta especialidade conventual. Em breve, as Celestes de Santa Clara eram já bem conhecidas. Entretanto, outros estabelecimentos da cidade também conseguiram a tão cobiçada receita e lançaram-se no seu fabrico. Assim, estes maravilhosos doces tornaram-se famosos e passaram a ser uma das imagens de marca da cidade de Santarém.

Ingredientes
500 g de açúcar; 250 g de água; 450 g de miolo de amêndoa; 12 gemas; folhas de obreia.

Preparação
Põe-se o açúcar ao lume com a água, até atingir o ponto de pérola. Nessa altura, deita-se a amêndoa pelada e passada pela máquina. Volta ao lume para ferver mais um pouco. Deixa-se arrefecer e acrescen¬tam-se as gemas, levemente batidas. Volta ao lume, mexendo sempre, até se ver o fundo do tacho. Depois de arrefecida, com esta massa formam-se umas boli¬nhas do tamanho de uma noz, que se colocam sobre rodelas de obreia humedecida e picotada, um pouco maiores do que as bolinhas. Apertam-se as rodelas com os dedos, para formar uma caixinha. Levam-se a forno forte durante alguns minutos, só para dourar.

Harmonização proposta pela CVR Tejo
Estes bolinhos pequeninos podem ser comidos ao lanche ou à sobremesa. No final da refeição, acompa¬nhe-os com um vinho licoroso da Região Tejo, cujas complexidade de aroma e suavidade final combinam muito bem com este doce conventual.

IN: Os Sabores da Nossa Terra – APRODER – Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo