Os 300 anos da Feira do Capão vão animar Freamunde entre 13 e 15 de setembro.

Uma das propostas gastronómicas mais emblemáticas desta freguesia do concelho de Paços de Ferreira vai proporcionar a realização de uma feira à moda antiga, recriando tradições e costumes, numa fantástica viagem cronológica pela história.

São os ‘300 anos do capão de Freamunde’, um frango de crescimento lento, castrado antes de atingir a maturidade sexual, destinado exclusivamente à produção de carne que ganha particularidades especiais na textura, suculência e sabor.

Na feira de setembro, de entrada livre, os participantes terão a oportunidade de provar o Capão, participar em recriações históricas com música, dança, teatro e animação de rua, demonstrações de ofícios, feira de animais entre outras atividades.

A diferença do Capão

Conta-se que o Cônsul Romano Caio Cânio, cansado da perda do sono por causa do cantar dos galos, conseguiu fazer aprovar uma lei impeditiva da existência destas aves na cidade de Roma. Sem contrariar a lei, houve logo quem se lembrasse de uma forma de continuar a usufruir da carne dos galos, capando-os. Terá deste modo surgido uma nova “espécie”, o capão, que ultrapassa em beleza, tamanho e sabor, o galo macho”.

“Com a romanização de todo o território do Noroeste Peninsular e com a criação dos pequenos aglomerados populacionais sobre a jurisdição Romana, a tradição de criação do capão foi passando de geração em geração, tendo sido instituída oficialmente, em 1719, por uma provisão d’El-Rei D. João V. A textura, suculência e sabor, dão à carne do Capão de Freamunde uma qualidade singular, cuja fama se prolongou ao longo de gerações”.

A iniciativa é promovida pela junta de freguesia de Freamunde, com o apoio de associações locais e decorre entre 13 e 15 de setembro próximo.

Foto: Gazeta Rural