O Coffee Ambassador da Starbucks em Portugal, Miguel Coelho, explica porque alguns cafés são o par perfeito para o queijo.
De um ponto de vista gastronómico, esta junção fará sentido? A resposta é sim. Miguel Coelho, Coffee Ambassador da Starbucks em Portugal, explica que para conseguir um ritual perfeito é essencial saber que a combinação não pode ser feita com todos os cafés nem com todos os queijos. “Ao contrário do que possa parecer, há cafés que formam um par natural com o queijo, porque muitos dos aromas que se encontram nos grãos torrados (nozes, caramelo, chocolate, flores, frutas) também se encontram no queijo”, comenta Miguel Coelho.
Como combinar café com queijo?
O primeiro passo está na seleção do café certo. Neste sentido, os cafés da Ásia-Pacífico são dos mais adequados para combinar com queijo. Enérgicos e assertivos, estes cafés são a melhor opção graças ao seu corpo forte, que se traduz numa maior densidade, e à sua torrefação intensa, qualidades que fazem com que o sabor do café não seja disfarçado com o do queijo.
Na Starbucks, a opção ideal é o café Sumatra, cultivado meticulosamente na ilha indonésia que lhe dá nome. O seu corpo, denso e cremoso, oferece uma sensação suave, mas persistente na boca. A acidez é baixa e os seus aromas lembram um bosque e terra húmida. As notas complementares são compostas por nuances doces como o caramelo, o chocolate e a calda de açúcar.
Em segundo lugar, o queijo selecionado deve realçar as notas do café. Tal como numa combinação com vinho ou cerveja, nem o café nem o queijo devem superar-se na intensidade: devem complementar-se para conseguir a máxima expressão dos dois elementos. Geralmente, as variedades mais suaves e cremosas funcionam bem, especialmente nos cafés indonésios, que lembram elementos clássicos do queijo como toques de ervas aromáticas, compotas ou frutos vermelhos. Por isso mesmo, os queijos azuis não são aconselháveis, já que desequilibram a mistura, sobrepondo-se ao sabor do café e eliminando por completo os seus aromas e sabores.