Sugestão para este Natal.
Nas Serras d’Aire e dos Candeeiros a produção de mel é uma prática tradicional bem enraizada, com uma história antiga e particularidades que o distinguem. A vegetação de aproveitamento apícola característica desta sub-região é constituída por uma diversidade florística das serras e das matas, onde abunda o cheiro a alecrim, a tomilho, a rosmaninho, a eucalipto, o que imprime a este mel um paladar, uma textura e uma cor caraterísticos.
São os produtos que a terra dá que vão determinar a gastronomia da região. Por isso, a doçaria lança mão do mel e dos frutos secos que, manuseados e combinados de formas diferentes, dão origem a manjares diferentes. É o caso das Broinhas de Alcanena, para cuja confeção a tradição manda que se utilize o mel da Serra D’Aire, com o seu sabor particular. Antigamente, só eram feitas pelo Natal e pelos Santos, para dar às crianças que, de saco na mão, batiam às portas a pedir “Pão por Deus”. Hoje em dia, por força da procura, são confecionadas ao longo de todo o ano, embora em menores quantidades do que nas épocas festivas.
Ingredientes
0,5 kg de farinha; 0,3 kg de açúcar; 2,5 dl de azeite; 3 colheres de sopa de mel; 200 g de nozes picadas grossas; 20 g de canela; 10 g de erva-doce; 0,5 l de água.
Preparação
Junta-se tudo num tacho, exceto a farinha, e levando-se ao lume até ferver durante cerca de 5 minutos. Acrescenta-se a farinha e volta a ir ao lume a cozer até se despegar, o que significa que a massa está pronta. Distribui-se a massa em montinhos, a que se dá o feitio de broas a estreitarem nas pontas, que vão ao forno e, depois de cozidas, ainda quentes, envolvem-se em açúcar.
Estas Broinhas de Alcanena são ideais para ser comidas em qualquer altura do dia. Mas, se optar por finalizar uma refeição na sua companhia, pode acompanhá-las com um dos vinhos generosos da Região Tejo.
Texto e fotos: Livro ‘Os Sabores de nossa Terra’ – ADIRN – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte.
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