//Brexit pode ‘ameaçar’ autenticidade do Vinho do Porto

Brexit pode ‘ameaçar’ autenticidade do Vinho do Porto

Londres ainda não se comprometeu a proteger nomes de produtos europeus, como o Vinho do Porto.

O alerta foi levantado pelo jornal britânico Mail-online  e revela que, após o Brexit, teoricamente nada impedirá, por exemplo, que os importadores da Grã-Bretanha adquiram vinhos produzidos na África do Sul ou na Austrália, com a designação genérica de ‘Vinho tipo Porto’.

Com a saída da União Europeia (EU) o Reino Unido poderá ficar isento de seguir as leis de Proteção de Regiões Demarcadas na EU, que abrangem mais de três mil designações e produtos.

Trata-se, no fundo, de saber se Londres depois de o Reino Unido deixar o bloco europeu, irá ou não aplicar as regras comunitárias aos chamados produtos com Denominação de Origem Controlada (DOC).

Há notícias de que esta questão está mesmo a servir de arma de pressão de Londres sobre Bruxelas nas negociações. Tratando-se de uma garantia de qualidade com elevadas influências no apoio a marcas, a proteção de nomes da UE é considerada comercialmente de grande importância.

Recorde-se que, com um volume de negócios de quase 50 milhões de euros anuais, o Reino Unido é o segundo maior importador mundial de Vinho do Porto, o que leva os agentes de produção e comercialização a ter esperança de, se necessário, o governo português vir a negociar um acordo bilateral.

A situação de preocupação sentida pela produção de Vinho do Porto é partilhada por muitos outros produtos, nomeadamente o Champagne e os queijos franceses.