Após 30 anos de inatividade, o forna da «Ti Bia Gadelha» volta a estar à disposição da comunidade.
Era a «Ti Bia» que garantia a qualidade do pão cozido, resultante da amassadura feita em casa e entregue à forneira, que cobrava a dízima (décima parte) em géneros.
O forno comunitário da cidade alentejana voltou, em meados do passado mês de dezembro, a queimar lenha para produzir calor que permite, de novo, cozer pão e assar carnes para as gentes de Beja, três décadas depois de ter ficado inativo.
A Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja (ADPBeja) é a responsável pela iniciativa, depois de ter recebido dos antigos proprietários este equipamento que se pretende venha a cumprir objetivos pedagógicos e turísticos.
Reativar o forno comunitário contou com o apoio da Câmara Municipal de Beja, que garantiu o acompanhamento técnico da obra, executada por trabalhadores da União de Freguesias de Santiago Maior e S. João Batista.
Entre as iniciativas para angariação de fundos refira-se o espetáculo solidário realizado no início de 2107, com a participação de António Zambujo, Virgem Suta, Jorge Serafim e Bruno Ferreira, entre outros.
Na sequência da inauguração do forno da «Ti Bia Gadelha», foi lançado um livro de banda desenhada, da autoria de Cristina Matos, com o título ‘A Fantástica História do Restauro do Forno Comunitário de Beja’.