Candidatura tem como finalidade valorizar a cultura, paisagem e a gastronomia local a nível nacional e mundial.
No âmbito da candidatura a região do Barroso recebeu, de 14 a 16 de fevereiro, a visita de uma Delegação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O objetivo pretendido resulta numa candidatura apresentada em conjunto pelos Municípios de Boticas e Montalegre, para a classificação do Barroso como território da UNESCO, através do Programa Globally Important Agricultural Heritage Systems (GIAHS).
A comitiva da FAO visitou, no Concelho de Boticas, o Museu Rural, produtores de fumeiro e explorações de produtores de carne Barrosã, a Cooperativa Agrícola de Boticas, o Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade e a aldeia preservada de Vilarinho Seco.
O processo de candidatura, que teve início em 2016, poderá estar concluído no próximo mês de março e se a decisão do Grupo de Aconselhamento Científico da FAO for favorável, o território do Barroso poderá ser reconhecido como Sistema de Património Agrícola de Importância Global (GIAHS) e passará a ser a primeira região portuguesa a obter essa designação.
De realçar que a nível mundial atualmente existem 47 regiões identificadas como GIAHS, sendo que apenas duas são Europeias.
O Presidente da Câmara Municipal, Fernando Queiroga, acredita que “o Barroso vai ser comtemplado com esta distinção, passaremos a ser a única região portuguesa a alcançar tal feito e isso deixa-nos a todos orgulhosos da nossa terra”.
Barroso
Umas das grandes ‘especialidades’ gastronómicas desta região é a Carne Barrosã, obtida a partir de bovinos da raça Barrosã, que embora deva o seu nome ao planalto do Barroso, iniciou a sua expansão no Minho.
De acordo com o ‘Blogue do Minho’ a região de Barroso, “reparte-se atualmente por duas zonas distintas: o Alto e o Baixo Barroso, a que correspondem administrativamente dois concelhos: a sul, o de Boticas, que ocupa a região dos vales fundos e escavados dos rios Tâmega, Beça, Terva e Covas – é o chamado Baixo Barroso. A norte, onde se incluem as serras do Gerês, do Larouco e do Barroso, formando uma zona natural de serras, carvalhais, rios e ribeiros, o de Montalegre – o qual se designa como o do Alto Barroso.