Relatório da ONU diz que não é preciso passarmos a ser todos vegetarianos para ajudar a combater o aquecimento global.
Publicado no passado dia 8 de agosto, o documento continua a insistir na necessidade de mudar os hábitos de consumo e de produção alimentares com o objetivo de contribuir para minimizar os problemas do aquecimento global, mas conclui que não há necessidade de adotar uma dieta vegetariana (sem carne ou peixe) e menos ainda o chamado regime vegano (sem nenhuma proteína animal),
Considerando que alguns regimes alimentares necessitam de mais solo e água e produzem mais emissões do que outros, o documento elaborado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas sublinha a importância de se adotar “dietas equilibradas à base de alimentos de origem vegetal, como cereais que não sejam o arroz e o trigo, leguminosas, frutas e verduras, oleaginosas e sementes. No que se refere a alimentos de origem animal, deve preferir-se os que são produzidos em sistemas resistentes, sustentáveis e com baixas emissões de gases de efeito estufa. Uma versão do texto final que evoluiu relativamente a anteriores e resulta de um consenso político.
“Diminuir o consumo de carne é, efetivamente, uma forma importante de diminuir o impacto ambiental do sistema alimentar”, recordou nesta quinta-feira o especialista britânico, Alan Dangour. Mas a versão final do texto foi suavizada, considerando alguns analistas que se trata de um sinal para acalmar alguns países produtores de carne.
De acordo com os especialistas, a dieta diária ideal seria: 300 gramas de verduras, 200 de frutas, 200 de cereais integrais, 250 de leite integral e apenas 14 gramas de carne vermelha, com as proteínas a ser obtidas da carne de ave, do peixe, dos ovos ou das oleaginosas.