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A Gastronomia e a cultura portuguesa na Califórnia

Festival português levará gastronomia, concertos e tourada à Califórnia nos dias 9 e 10 de abril, com uma prova de vinhos e queijos e 50 a 60 empresas portuguesas expositoras.

Entre os dias 9 e 10 de abril, o Festival Português do Vale de São Joaquim estará de volta a Turlock, Califórnia, retomando o calendário que tinha sido alterado devido à pandemia de covid-19.

Esta será a terceira edição do festival que celebra a cultura luso-americana no vale central da Califórnia, onde há uma grande concentração de pessoas de origem portuguesa, e terá entrada gratuita no sábado, para atrair o maior número possível de visitantes.

O programa que tem como objetivo principal abraçar os vários aspetos da cultura portuguesa, contará com 50 a 60 empresas expositoras e uma prova de vinhos e queijos portugueses.

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“Tentamos abranger os diferentes aspetos da cultura portuguesa neste fim de semana”, disse à Lusa Elaina Vieira, diretora-executiva da Carlos Vieira Foundation, que organiza o evento. “As pessoas estão entusiasmadas por terem celebrações e por se reunirem com a comunidade portuguesa outra vez”, acrescentou.

Uma ‘Parada Portuguesa’ irá abrir o Festival, seguindo-se atuações de várias bandas filarmónicas e grupos folclóricos. Haverá uma tourada à corda no sábado e uma tourada sem sangue no domingo, eventos que nas edições anteriores foram dos mais populares.

“Queremos convidar os mais velhos da comunidade a virem e a desfrutarem da cultura e dos portugueses do vale central, mas também queremos reacender esse sentimento nas gerações mais novas“, explicou Elaina Vieira.

No que diz respeito ao entretenimento este será garantido pelas atuações dos comediantes Taylor Amarante e Vavo Brito, da fadista Marisa Silva Rocha e dos cantores populares Anthony Morais, Luízinho, David DeMelo, Emily e Alcides Machado.

“Há muitos jovens que não estão tão envolvidos na comunidade portuguesa e não estão interessados em ir às Festas, e podem até nem saber o que é este festival, mas irão porque a entrada é gratuita”, explicou Elaina Vieira. “Queremos incentivar essas pessoas a virem, dar-lhes a oportunidade de descobrirem mais e envolverem-se”.

Com 50 a 60 empresas expositoras, que irão desde a Ginja9 e PortuCali à Avila Imports e Azorean Brothers, o festival também terá uma prova de vinhos e queijos portugueses.

A organização antecipa que o evento poderá atrair dez mil visitantes durante todo o fim de semana, com cerca de sete mil no sábado e três mil no domingo, dia em que a entrada para a tourada sem sangue custará 15 dólares. “Esperamos que seja um regresso à normalidade. Parece que vamos ter um bom nível de participação”, salientou a responsável e acrescentou “Um dos grandes objetivos da celebração é apelar a todas as audiências”.

Estará ainda patente uma exposição cultural, com a participação do Museu Histórico Português de São José, que comemora 25 anos, do Centro Histórico Português de San Diego e algumas exibições especiais.

“Tentamos trabalhar para que isto seja algo apelativo para as gerações de portugueses mais novas e mais velhas e também para os que não são portugueses e querem saber mais sobre a nossa cultura”, realçou Vieira.

A dirigente disse que a Fundação trabalha “muito de perto” com o patrocinador principal, Portuguese Fraternal Society of America (PFSA), “que tem como um dos seus propósitos manter a cultura portuguesa viva”.

 

As receitas geradas pelo festival vão reverter, como nos anos anteriores, para a campanha permanente que a Fundação Carlos Vieira tem para apoiar crianças autistas, denominada ‘Race for Autism’.