No distrito de Castelo Branco, projeto de produção de amêndoa com cinco mil hectares, leva a investimento superior a 50 milhões de euros.
Fundão e Idanha-a-Nova são os municípios que vão receber o investimento da Vera Cruz, uma empresa fundada por um sócio português e outro brasileiro, que prometem, para além da área de produção de amêndoa, a construção de uma fábrica e a criação de cerca de seis dezenas de postos de trabalho.
O director-geral da Vera Cruz, Gustavo Ramos, revelou à agência Lusa que a empresa já possui 1.200 hectares, dos quais 330 hectares são no Fundão e o restante em Idanha-a-Nova. “Desses 1.200 hectares, já temos 200 hectares plantados, no Fundão”, acrescentou, explicando que, em Idanha-a-Nova, estão agora a decorrer os trabalhos de preparação das terras.
Gustavo Ramos perspetivou que em 2021 deverão estar a colher as primeiras amêndoas e, “quando estivermos em velocidade de cruzeiro esperamos colher 2.500 quilos de amêndoas por cada hectare”, acrescentou.
A localização da unidade fabril, que deverá ficar naquele distrito, ainda não está definida e deverá estar concluída até 2024. Ali deverá ser efetuado o descasque da amêndoa e, posteriormente,” faremos o processamento da amêndoa, entrando depois na componente da farinha e dos laminados”, referiu, acrescentando ainda que já está em estudo a forma de aproveitar a casca da amêndoa e da pele que envolve a casca.
Gustavo Ramos explicou ainda que a existência de água, o clima, a temperatura (existência de horas de frio e de calor), bem como o apoio municipal ou a centralidade relativamente a portos de escoamento de produto e a cidades como Lisboa, Porto e Madrid (Espanha) foram aspetos que pesaram na escolha de Portugal e destes dois concelhos para concretizar o empreendimento.
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